Muita gente tem dúvidas com o uso do acento indicativo da crase. Sempre é a principal estrela no que diz respeito aos erros de Língua Portuguesa. É comum encontrar cartazes como este, de uma loja que caprichou nos descontos para limpar os estoques, mas errou feio na hora de escrever…

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Para isso, vamos rever alguns dos nossos conhecimentos de crase.

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Origem

Muitos confundem a crase com o nome do acento. No entanto, a crase, que vem do grego krasys, significa junção, fusão de sons iguais. Portanto, uma regra de ouro para aprender crase é guardar, já de início, que para haver o acento agudo indicativo da crase, é preciso que existam dois sons iguais. Veja a frase: “Ele se referiu à mãe como se ela fosse uma santa!”. O verbo “referir-se” (que deve ser usado com pronome, sempre!) precisa de preposição A; “mãe” é uma palavra que admite o uso do artigo “A”. Portanto, existem as duas condições para haver crase, ou seja, o processo da fusão.

A todos

O pronome indefinido “todos” não aceita uso de artigo feminino. Por isso, o A que vai antes dele é apenas preposição.

Numerais

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Entre numerais, normalmente não há crase. Portanto, no cartaz, o correto é “15% A 70%”. As únicas exceções são com horas, como explicamos no post da semana passada.

A partir  e datas

Na expressão A PARTIR no A no meio de uma data (de 12 a 15 de outubro, por exemplo), não há acento da crase, pelo fato de que o A da expressão A PARTIR é apenas preposição, ou seja, não existe ali o artigo também, que é condição básica para existir crase. A mesma explicação cabe para o exemplo “DE 12 A 15 DE SETEMBRO”. Entre os números, existe apenas A preposição, por isso nunca haverá acento nesse tipo de exemplo.

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