Goleiro Julio Cesar (Foto: Albari Rosa - Agência de Notícias Gazeta do Povo)| Foto:

O último sábado foi um dia sofrido para quem acompanhou o jogo da Seleção Brasileira contra o Chile. Além do tempo normal de jogo, que não foi nada calmo, a prorrogação foi o primeiro teste do coração com uma bola na trave já no minuto complementar do segundo tempo. Sem vencedor, o jogo foi para o teste maior: decisão por pênaltis.

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E o comentário que não faltou no dia seguinte foi que “quase enfartamos”. Ou seria “infartamos”? Existe uma polêmica muito grande em torno dessas palavras. Apesar de vários dicionários trazerem formas diferentes, sempre procuro considerar o que o VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa), da Academia Brasileira de Letras, determina. O VOLP é a voz oficial da língua portuguesa. Quando houver polêmica, sempre recorra a ele.

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O VOLP traz quatro possibilidades para a palavra: infarto, infarte, enfarto ou enfarte. No entanto, as mais comuns são infarto e enfarte. Há estudos que indicam o uso da palavra enfarte como derivado da ideia de estar farto, empanturrado, “cheio”; e infarto para se referir especialmente ao coração. Veja o exemplo: “Estou com enfarte depois dessa feijoada”/ “Ele sofreu um infarto do miocárdio”.

Apesar desses estudos, segundo a Academia Brasileira de Letras, podemos usar até quatro formas diferentes, o que nos permite dizer que quase enfartamos ou infartamos com a Seleção! Apenas por curiosidade, dizem que um torcedor realmente morreu de infarto no Mineirão sábado. Veja aqui.