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Não bastou os caras acharem o bóson de Higgs: dias atrás o Cern chamou cientistas e teólogos para dois dias de discussão sobre as origens do universo. O evento ocorreu em Genebra, em parceria com o Wilton Park, um fórum global criado por ninguém menos que Winston Churchill. A BBC conta como foi (com direito a áudio).

O evento teve a participação de pesos-pesados: Lawrence Krauss, John Lennox e Andrew Pinsent (físico que trabalhou no Cern e hoje está no Ian Ramsey Centre, o equivalente oxfordiano do Faraday Institute de Cambridge) são os nomes citados na reportagem. De certo modo, eles repetem argumentos que já conhecemos, especialmente Krauss (o velho papo de “a ciência progride, a religião não”, etc. etc.). O que eu vi de novidade foi a afirmação de que diálogos como esse têm seu valor quando mostram a pessoas religiosas que a ciência não é uma ameaça.

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Segundo a BBC, a principal conclusão do evento foi a de que muitas vezes um lado simplesmente não sabe do que o outro está falando. Isso ficou ressaltado nas intervenções de Andrew Pinsent, para quem vivemos numa cultura de “hiperespecialização” que leva as pessoas a não ter a mínima ideia de conceitos que não pertençam ao seu campo do conhecimento (o diretor-geral do Cern teve a mesma impressão). Mais de uma vez lembramos aqui no blog que o problema fundamental de afirmações segundo as quais é possível tirar um universo “do nada” é justamente a falta de conhecimento filosófico de quem faz essas alegações, ainda que a argumentação científica seja irretocável.

Carta do Einstein
Lembram? Foi vendida, mas ficou perto do lance inicial.

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