O cientificismo virou um dogma secular, contradizendo a própria noção defendida por ele, a de que só o conhecimento cientificamente comprovável é válido. (Foto: Reprodução)| Foto:

Divulgo hoje um videozinho que não é novo, mas é atual, em que o Alexander Moreira-Almeida, da Universidade Federal de Juiz de Fora, conta um pouco sobre o “Manifesto por uma ciência pós-materialista”. Seus autores alegam que é preciso promover a ciência, e não o cientificismo materialista. Ele defende não apenas que a única realidade existente é a matéria e as forças físicas (até aí, vá lá, explica Moreira-Almeida), mas também que a ciência já teria demonstrado isso, e que por consequência o único conhecimento válido é aquele cientificamente comprovável; o resto é balela, opinião, superstição, palpite, dê o nome que você quiser.

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É claro que essa noção é furada, pois carrega dentro dela uma contradição impossível de resolver:

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Mesmo assim, o cientificismo continua a ser uma ideia bastante atraente para entusiastas da ciência, que acabam transformando-o em um dogma secular, o que é ainda mais contraditório que a própria ideia de que o único conhecimento válido é o comprovável cientificamente.

No vídeo, Moreira-Almeida chama mais a atenção para os temas relativos à mente humana e que são descartados pelo materialismo, mas a ideia de uma ciência que não se arrogue como a única fonte válida de conhecimento precisa ser defendida por cada vez mais cientistas, independentemente de sua área.

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