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Perseguição religiosa no mundo científico
| Foto:
Arquivo Brown University
Kenneth Miller não poupa críticas a criacionistas e adeptos do Design Inteligente.

De volta da folga de carnaval, rodando os blogs por aí, vejo que o Alexandre Zabot está recomendando um texto imperdível do Reinaldo Lopes, do blog Visões da Vida. Lopes mostra a perseguição que o biólogo evolucionista Kenneth Miller (lembram dele?) vem sofrendo simplesmente pelo fato de ser católico. Confira aqui um trecho do texto de Reinaldo Lopes:

Sob quase todos os aspectos, Ken Miller é um paladino da compreensão pública da teoria da evolução e um inimigo feroz da pseudociência. Mas, para alguns biólogos evolutivos proeminentes, como Jerry Coyne, da Universidade de Chicago, e P.Z. Myers, um dos cientistas-blogueiros mais populares do mundo, Miller tem o defeito imperdoável de ser católico e acreditar que não existe incompatibilidade essencial entre a teoria da evolução e a fé em Deus.

A íntegra está aqui. Leiam, que vale a pena.

Eu vejo um paralelo dessa situação descrita pelo Reinaldo Lopes com a questão das células-tronco embrionárias. Não sei se vocês lembram: de cada 10 menções ao ex-procurador-geral da República Claudio Fonteles (autor da Ação Direta de Inconstitucionalidade) e ao juiz do STF Carlos Alberto Direito, 11 descreviam ambos como “católicos fervorosos”. Qualquer cientista que fosse ao Supremo falar contra a pesquisa com embriões também tinha sua filiação religiosa revelada. Isso apesar de suas argumentações se limitarem aos campos jurídico e científico, sem nenhuma menção a religião! Ora, se a religião não estava presente nos argumentos, qual o objetivo de lembrar constantemente que eram católicos os que se opunham à pesquisa com embriões? Lopes sabe a resposta: No fundo, trata-se de uma tentativa de fazer com que eles se calem, de desacreditá-los como porta-vozes da comunidade científica. (ou jurídica, no exemplo que estou citando aqui). Reforço o que diz o Reinaldo Lopes: isso é inaceitável.

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