Mais que 1000 palavras.

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您好

Nin Hao,

Estou chegando à conclusão de que existem duas Chinas. Uma bem real, que esta está aqui a minha volta e que é meu lar atual.

A outra do imaginário das pessoas. Assustadora e instransponível.

Ao longo desses mais de dois anos morando em Shenzhen, já recebi diversos e-mails de mães angustiadas, esposas desesperadas, empresários perdidos. Todos com medo de não conseguirem sobreviver à experiência de morar na China com seus filhos, maridos, esposas e cachorrinhos.

Mal sabem eles como a vida aqui é simples! Basta entender que, tirando as diferenças culturais, o ser humano é sempre o mesmo!

Mas o que será que esta blogueira quer dizer com esta frase piegas e romântica?

Bom, leitores, resolvi mostrar literalmente para vocês o que eu vejo por aqui. De vez em quando, o melhor mesmo é substituir minhas 1000 palavras por uma imagem. Ou por um vídeo caseiro que, apesar de não ser nenhum documentário do Discovery Channel, ainda assim é capaz de desvendar um pouco do mundo chinês para vocês!

O vídeo aí debaixo mostra um momento bem especial da rotina dos chineses. Estava eu voltando de bicicleta da minha aula de yoga, a 01h30 da tarde, quando me deparei com uma porção de gente reunida, todos olhando ansiosamente para a mesma direção.  Achei que tivesse acontecido algum acidente ou algum protesto ou sei lá mais o que.

De repente, percebi que eu estava passando pela porta de uma escola pública na hora da saída das crianças pequenininhas e ali estavam pais e avós aguardando por seus filhos e netos, do mesmo jeitinho que fazemos no Brasil!

Ao ver o vídeo, reparem na carinha ansiosa dos pais, na fofoca de porta da escola, no uniforme azul com gravatinha vermelha da criançada chinesa, na organização da fila, nos carros e motos estacionadas de qualquer maneira, na roupa da professora e dos pais, na alegria das crianças, nas últimas brincadeiras com os amigos antes de ir para casa, no abraço apertado, na vovó que pergunta “achou a sua roupa, achou a sua roupa?”…

Tirando os olhinhos puxados, alguns casacos mais espalhafatosos e, é claro, a profusão de motos e bicicletas, somos ou não somos todos iguais?

再见

Zaijian

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