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Não sei nem por onde começar a contar nossa passagem pela Itália. Ao total foram 20 dias muito, mas muitos bem curtidos nesse país lindo e encantador onde fomos muito bem acolhidos a ponto de quase me sentir em casa. Me senti quase que em casa, não só pela Itália ser, em muitos aspectos, parecida com o Brasil (povo alegre, falante, comida boa, cidades agitadas, trânsito caótico…), mas porque fomos recebidos pela família do Seba em Roma com muito carinho. Tio Carlos, Monella, Lucia, Camila e claro, a cadela Gaia, foram durante esses dias como minha tão saudosa família. Um afago na alma e no coração.

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Passamos como turistas e também como locais, porque não tem coisa melhor que conhecer a cidade com pessoas que são dali. Nossos dias foram uma mistura de programação turística pelas milhares praças, ruas, igrejas, ruínas e museus que têm que ser visitados e dias preguiçosos para-fazer-nada, em casa, de chinelo e pijama.

Eu estava ansiosa para conhecer a Itália e amei! Os Italianos falam alto, com as mãos, são extrovertidos, comunicativos, elegantes e comem bem. Sabem o que é bom na vida. Um povo bonito e sensual.

Chegamos no verão, com muito calor e sol (em média 35oC) e nada de chuva. Isso também me encanta (principalmente pra quem mora em Curitiba, a capital mais fria do Brasil). Tá certo que o calor podia ter dado uma trégua, mas o sol torna a vida mais feliz, mais leve, sem contar que as paisagens ficam mais bonitas.

Mangia che te fa bene!
Jesus me tire daqui! Me faça parar de comer, por favor? Que país é esse? Que pizzas, massas, pães, sorvetes escandalosamente maravilhosos! E os vinhos e espumantes então? Sou amante da boa comida, A D O R O comer e beber bem e para quem é assim como eu, a Itália é O lugar.

Agora entendo e me identifico ainda mais com Elizabeth Gilbert, autora do livro “Comer, Rezar e Amar” que dedicou uma parte da sua viagem espiritual à Itália para comer. Por isso também vou passar algumas linhas falando da minha felicidade com a comida e a bebida italiana.

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Sinceramente não sei como esse povo pode ser magro e elegante com essa variedade de sabores nada magros. Chutei o balde o comi e agora vou ter que correr atrás do prejú! Mais impossível ainda foi resistir à tentação de chegar em casa e não comer as variadas pastas que o tio Carlos preparava para nos esperar, uma melhor que a outra.

Claro que não resisti. Sem contar que todo dia era um prosecco diferente. Aliás, sabe quanto custa uma Fontana Fredda aqui? 5 euros… 12,50 reais. Sabe quanto custa uma no Brasil? 40 reais em promoção antes do dólar subir. No Natal é 60. Não é de chorar? Isso que ainda não falei dos queijos, salames, “prosciuttos”. Um verdadeiro crime gastronômico. Todo dia me lembrava do meu pai que adora esse ritual de queijos e vinhos e que me ensinou a gostar tanto. Comemos, comemos, comemos e bebemos! La dolce vita é aqui, sem dúvida alguma!

Museu a céu aberto
Vou deixar esse papo de gordo e falar um pouco de arte. Caminhar por Roma, a capital do maior império da antiguidade, é um verdadeiro passeio a céu aberto pelo maior museu do mundo com as mais belas e fascinantes obras de arte. Seja católico ou não, é impossível não ficar de queixo caído e até se emocionar com a magnitude e beleza das mais de 300 igrejas espalhadas pela cidade (vá até a Santa Maria Maggiore e São Joao de Latrão e claro a Basílica de São Pedro).

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Não vou conseguir falar sobre tudo com detalhes, mas o que mais me impressionou foi a Capela Sistina e a Basílica de São Pedro. A audiência com o Papa me emocionou, apesar da minha pouca religiosidade e a Fontana de Trevi e a Piazza Navona estão entre os meus locais preferidos para tomar água na fonte, experimentar um gelato típico e ver a vida passar. Foi lá que pagamos pelo sorvete e coca cola mais caros da nossa vida. Coca: 6 euros. Tartufo: 10 euros.

Dica mais que importante: Na Itália se você sentar nos bares e restaurantes para comer ou beber, eles cobram (cerca de 2 euros por pessoa). Fizemos a bobagem de não olhar os preços antes e se tivéssemos pedido o tartufo para levar e comer no outro lado da praça, teríamos pagado 5 euros. Tive vontade de me matar.

Para conhecer Roma é preciso um mês inteiro. Ficamos bastante aqui, mas ainda assim, não vimos tudo. No entanto, do que vi destaco alguns locais:

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*Museu do Vaticano: se você tiver tempo tire pelo menos meio dia para ver o Museu. Para evitar fila, é possível fazer reserva antecipada pela internet guias privados em todos os idiomas podem ser contratados ali mesmo na frente e pode ser muito útil. Para quem prefere algo mais impessoal, áudio-guias são mais baratos e também estão disponíveis, mas não em português.

*Capela Sistina: localizada dentro do Museu Vaticano, é indescritível a sensação de entrar lá. Todas as milhares de pessoas que visitam a Capela têm a mesma expressão de perplexidade e encantamento no rosto. O teto da capela pintado por Michelangelo merece um guia especial para conhecer com detalhes pintura por pintura.

*Coliseu: símbolo de Roma,e muito bem conservado, o Coliseu (72 d.C) era um anfiteatro para cerca de 60 mil pessoas (cálculos imprecisos) em que se realizavam as caçadas e os jogos de circo, que deu origem aos gladiadores.

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*Piazza Navona: charmosa praça com fontes lindas, diversos cafés e sorveterias. Aqui fica a embaixada do Brasil numa construção antiga lindíssima. Os artistas romanos vêm expor e vender suas obras aqui. Vale sentar e fazer um retrato ou uma caricatura!

*Fontana di Trevi: a lenda diz que atirar uma moeda de costas na fonte garante o retorno à cidade. Lenda ou não, não custa nada atirar uma moedinha. A fonte é a fachada de um grande palácio e impressiona pela beleza da água e pela obra de arte que é – foi decorada por vários artistas da escola de Bernini.

*Castelo Santo Angêlo: hoje parece uma fortaleza, mas na verdade foi idealizado pelo imperador Adriano para ser seu túmulo. A história do castelo segue a história de Roma, lutas, luxos, saques, bombardeios. Acredita-se que no século X a fortaleza tornou-se castelo e foi ligado por uma passagem escondida ao Vaticano e ficando sob poder dos Papas. A vista lá de cima é imperdível.

*Panteão: os romanos consideram esse antigo templo pagão de 27 a.C o mais perfeito de todos os monumentos clássicos que restaram em Roma. O Panteão ostenta uma cúpula enorme com uma abertura no topo que “faz com que as orações possam subir livremente”.

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*Termas de Caracalla: as Termas, grandes salas para banhos públicos foram construídas entre 206 e 217 e comportavam 1.600 pessoas. As ruínas ainda estão lá e demonstram a grandiosidade dos banhos imperiais.

*Via de Corso e Via Condiotti: principal e mais central rua da cidade. Aqui é uma verdadeira passarela de gente e lojas das mais variadas possíveis. Aqui se faziam diversas corridas de cavalos até o século XIX, e por isso o nome. Ao lado desta rua está a famosa Via Condiotti, reduto fashion da cidade com todas as grandes marcas do mundo da moda.

*Audiência geral com o Papa: toda quarta-feira acontece a “Udienza Generale” com o Papa em uma sala na Praça São Pedro. Todos podem participar da audiência desde que tenha ingresso que deve ser pedido no Vaticano na segunda ou terça-feira. É preciso chegar cedo, pois não tem lugar marcado e a fila é imensa. Milhares de italianos e turistas de todas as partes do mundo vão para ouvir do Papa dar sua benção.

Não deixe de:

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• Experimentar a pizza italiana, a mais famosa do mundo é a de Napoli, mas há quem prefira a romana. As pizzas costumam ter um preço bom (8 -10 euros), são individuais mas o tamanho dela é absurdo, pode ser para duas pessoas facilmente.

• Tomar água na fonte. Todas as fontes de Roma são de água potável e vale a pena levar uma garrafinha para ir enchendo sempre que a sede bater. Pelo menos em água não se gasta!

• Tomar um sorvete em cada esquina e experimentar todos os sabores que são inesquecíveis. Recomendo sorvete de banana e de maçã.

• Passear à noite pelo Trastevere, pois é lá que a noite de Roma acontece. Aliás, a vida noturna da cidade é pelas ruas e calçadas. No verão bares e lojinhas se deslocam para as margens do Rio Tevere. Vale passear também pelas ruas ao redor que ficam tomadas de gente.

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Florença

A cidade que abriga David de Michelangelo é um charme. Pegamos o trem em Roma e em algumas horas estávamos lá. Passamos o dia percorrendo a cidade de mais de 2 mil anos que teve seu ápice no Renascimento. Os dois mais concorridos locais para se visitar é a Galleria dell ’Accademia, para ver David, e a Ufizzi que abriga uma coleção de pinturas italianas e europeias dos séculos XIII ao XVIII de grandes artistas, como Botticelli, Michelangelo, Leonardo da Vinci e Rafael.

Para variar, não havíamos programado nada e eu tão pouco havia lido sobre a cidade. Fomos reto para Accademia, mas uma fila imensa dobrava a esquina por mais de uma hora. Consegui entrar, sem pagar, com minha santa carteira de imprensa, mas o Seba não. Foi aí que descobrimos que é possível fazer reserva pela internet e então não pegar fila.

Infelizmente não fomos na Ufizzi porque é preciso um dia inteiro para percorrer a Galeria e não tínhamos tempo. Para quem tem mais tempo na cidade vale checar o Firenze Card que custa 50 euros e tem entrada livre nos museus, sem fila e validade por 72h.

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Não deixe de ir até a Catedral de Santa Maria Del Fiori. É magnífica e uma das construções religiosas mais importantes do mundo, do final do século XIII.

Por favor, tome um dos melhores sorvetes que experimentei na vida na Gelateria Mordilatte (Via Gabriele D’Annunzio, 105), pertinho da Santa Maria Del Fiori.

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Nosso próximo destino: Costa Amalfitana!
Venha com a gente nessa viagem: raphaeseba@gmail.com e acesse Facebook