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O dólar à vista interrompeu nesta quinta-feira (27), uma sequência de quatro altas consecutivas e fechou em queda de 1,11%, cotado a R$ 3,563. A melhora da percepção mundial sobre a China foi determinante para a interrupção da escalada do dólar, que havia subido 4,37% frente ao real desde sexta-feira da última semana.

Pela manhã, o Banco do Povo da China (PBoC) anunciou que vai usar swaps cambiais para abrandar as crescentes expectativas de recuo do yuan e o governo do país flexibilizou as regras sobre investimentos em imóveis por empresas e indivíduos estrangeiros, como parte dos esforços para estimular o enfraquecido mercado imobiliário local e dar suporte à economia. Nesta quarta, o BC chinês já havia injetado US$ 21,8 bilhões no sistema financeiro local. Na terça-feira, a instituição cortou a taxa de juros e o compulsório dos bancos.

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Assim, as bolsas da China finalmente se recuperaram de cinco pregões de baixa. A bolsa de Xangai fechou em alta de 5,34% e impulsionou as negociações ao redor do planeta. Os preços das commodities subiram significativamente, com destaque para o petróleo brent para outubro, que fechou em alta de 9,50%, maior porcentual diário desde março de 2009.

Nos EUA, o alívio vindo da China foi reforçado por dados domésticos. A economia norte-americana cresceu a uma taxa anualizada de 3,7%, contra projeção de alta de 3,3% e leitura original do dado de 2,3%.

A melhora do humor dos investidores, no entanto, não indica otimismo por parte do investidor, nem afastamento da postura de aversão ao risco. A queda do dólar é atribuída essencialmente à realização dos lucros recentes, acompanhando um movimento semelhante de queda do dólar frente a divisas de outros países emergentes.

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Cenário interno

No cenário brasileiro, contribuíram fatores como a confirmação de Rodrigo Janot na Procuradoria-Geral da República e a concessão de mais 15 dias de prazo para que o governo justifique ao Tribunal de Contas da União as pedaladas de 2014. Por outro lado, ainda geram tensão a possível discussão em torno do retorno da CPMF em 2016 e a proposta de Orçamento da União para o próximo ano.

O principal destaque do dia ficou por conta do déficit de R$ 7,223 bilhões do Governo Central em julho, pior resultado desde o início da série histórica, em 1997. Os dados divulgado pelo Tesouro Nacional influenciaram discretamente os mercados de juros e ações, mas o dólar não exibiu reação significativa.

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