Os atrasos no embarque e desembarque de cargas no Porto de Paranaguá (PR) têm se intensificado nos últimos dias, em virtude do impasse trabalhista entre operadores portuários e trabalhadores avulsos. Há 20 dias, o Órgão Gestor de Mão de Obra Portuária (Ogmo) instalou uma trava eletrônica para impedir que Trabalhadores Portuários Avulsos (TPAs) dobrem a jornada de trabalho, evitando assim ações judiciais pelo descumprimento da lei que determina intervalos de descanso de 11 horas entre um turno e outro.
Segundo a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), há trabalhadores suficientes, mas a medida está fazendo com que haja mais faltas, gerando atrasos. Para o Ogmo, um dos principais agravantes da situação é que uma parte dos TPAs que trabalham em Paranaguá exerce outras atividades, tem outros empregos. Com isso, escolhe quando e como quer trabalhar.
A Appa aponta que há navios levando o dobro de tempo para operar e que o embarque de açúcar e o desembarque de fertilizantes são os mais prejudicados. Nesta segunda-feira, 113 navios esperavam ao largo para atracar em Paranaguá.
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