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Atlético e Paraná já disputaram clássicos pelo Paranaense, pela Série A e na extinta Copa Sul-Minas. A partida do próximo sábado, na Vila Capanema, será a primeira na Série B. Um encontro inédito e fundamental para determinar como os rivais entram no segundo turno da competição. E que será precedido por semanas distintas nos dois clubes.

O Atlético experimenta uma leveza rara na temporada. Com três vitórias seguidas, o clube entra na preparação para o clássico sob expectativa da efetivação de Ricardo Drubscky. À frente da equipe nesta série invicta, o interino conta com o apoio do elenco e a simpatia da presidência rubro-negra, além de ver reduzida a resistência a seu trabalho em algumas alas da diretoria.

"A gente tem mostrado uma evolução desde o jogo contra o América-RN. Os treinamentos estão fluindo. Vieram alguns jogadores, também, que deram uma confiança no vestiário", afirmou Drubscky, que viu o jogo contra o Criciúma, vencido por 1 a 0, como um símbolo do atual momento atleticano.

"Fizemos um primeiro tempo muito bom, não sofremos basicamente nada. No segundo, apesar de ter um jogador a mais, fica sempre a situação de estar reconquistando a posição entre os grandes da divisão. Ainda estamos passando por aquela fase de dificuldade, de dúvida", avaliou.

O clássico será disputado exatamente no momento em que o Atlético interrompe uma longa série de rodadas em que terminou atrás do rival na tabela. Entre a 7.ª e a 16.ª, o Tricolor foi o melhor paranaense na Série B. O Rubro-Negro reverteu esta ordem nas duas últimas. Consequência do desempenho ruim dos paranistas contra Ipatinga e ASA.

"Fizemos um ponto, mas não foi o suficiente. O objetivo não foi alcançado naquilo que eu imaginava. É muito pouco para dois jogos que fizemos fora. Temos que trabalhar para o clássico, porque precisamos vencer. Temos que aprender com a partida", comentou Ricardinho em Arapiraca.

Vencer o clássico é o impulso que Ricardinho espera para, no returno, melhorar o rendimento também fora de casa. Apesar disso, o técnico paranista prefere tirar a pressão do seu primeiro clássico no banco de reservas.

"Na teoria, o momento é importante, mas o que resolve um clássico é o jogo em si. O Atlético evoluiu nas últimas rodadas. Ainda não conseguimos esse nível [de vencer fora], mas em casa ainda somos melhores", avaliou.

O clássico também será especial para João Paulo. Destaque do Atlético na vitória sobre o Criciúma, o volante defendeu o Paraná em 2010. "O Paraná é uma grande equipe, está fazendo um bom campeonato, mas a gente vai descansar, pra sair com a vitória e pontuar, que é o importante", comentou.

Estádio

Fora de campo, a semana também será movimentada para os rivais. Após longas negociações com o Paraná para jogar na Vila Olímpica do Boqueirão, o Atlético deve confirmar o Ecoestádio Janguito Malucelli como sua casa para o returno da Série B. O campo do J. Malucelli receberá arquibancadas tubulares que aumentarão sua capacidade para 10 mil lugares.

Para atuar no Boqueirão, o Atlético já havia aceitado investir R$ 700 mil em melhorias no estádio. O impasse estava no valor do aluguel: paranistas queriam R$ 25 mil por jogo, atleticanos aceitavam desembolsar R$ 15 mil.

Os valores envolvidos na ida para o Ecoestádio não foram revelados, mas sexta-feira, em entrevista à Rádio 98 FM, o presidente de honra do Jotinha, Joel Malucelli, disse que "o dinheiro do aluguel não é problema".

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