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Jorge Guaranho foi demitido do cargo de agente penal federal após um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).
Jorge Guaranho foi demitido do cargo de agente penal federal após um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).| Foto: Reprodução / Instagram / Arquivo pessoal

O desembargador substituto Sergio Luiz Patitucci, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), negou um pedido de habeas corpus feito pela defesa do ex-agente penal federal Jorge Guaranho. Ele está preso na Cadeia Pública de Foz do Iguaçu enquanto aguarda julgamento pela morte do ex-guarda municipal e ex-tesoureiro do PT Marcelo Arruda.

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A defesa de Guaranho alegou que o ex-agente penal teve de esperar 12 horas por atendimento após quebrar o braço na cela. Segundo o desembargador, porém, "não há prova" de que ele não está "recebendo o tratamento adequado no estabelecimento prisional em que se encontra". A decisão afirma que Guaranho está apenas tomando remédios para dor e para dormir, e que, se houver necessidade, a unidade prisional irá levá-lo para atendimento médico.

O julgamento do caso está marcado para o dia 2 de maio. No início de abril, o julgamento foi adiado pela segunda vez depois que os advogados de Guaranho abandonaram o júri, alegando cerceamento de defesa. Para o desembargador, diante da proximidade da data do novo julgamento, "a permanência de Guaranho na comarca se faz necessária também para evitar novo deslocamento entre Foz do Iguaçu e Pinhais [onde o ex-agente penal estava preso anteriormente]".

Relembre o caso

Marcelo Arruda foi morto a tiros em sua festa de aniversário de 50 anos, que acontecia em um clube de Foz do Iguaçu. O local estava decorado com adereços a favor do então candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo a Polícia Civil, Guaranho teria ficado sabendo da festa durante um churrasco, que acontecia em outro local. Apoiador de Jair Bolsonaro (PL), o ex-agente penal foi até o clube com a mulher e o filho, ainda bebê. Após uma discussão com Guaranho, Arruda jogou um punhado de terra contra o carro do ex-agente penal.

Guaranho, então, teria ido para casa, deixado a mulher e o bebê, e voltado ao clube. Foi então que o ex-agente penal atirou três vezes contra Arruda. O ex-tesoureiro do PT revidou com 13 disparos, acertando quatro em Guaranho.

Segundo a acusação, o crime teve motivação política. Já a defesa afirma que o assassinato aconteceu após uma "discussão banal".

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