O desembargador substituto Sergio Luiz Patitucci, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), negou um pedido de habeas corpus feito pela defesa do ex-agente penal federal Jorge Guaranho. Ele está preso na Cadeia Pública de Foz do Iguaçu enquanto aguarda julgamento pela morte do ex-guarda municipal e ex-tesoureiro do PT Marcelo Arruda.
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A defesa de Guaranho alegou que o ex-agente penal teve de esperar 12 horas por atendimento após quebrar o braço na cela. Segundo o desembargador, porém, "não há prova" de que ele não está "recebendo o tratamento adequado no estabelecimento prisional em que se encontra". A decisão afirma que Guaranho está apenas tomando remédios para dor e para dormir, e que, se houver necessidade, a unidade prisional irá levá-lo para atendimento médico.
O julgamento do caso está marcado para o dia 2 de maio. No início de abril, o julgamento foi adiado pela segunda vez depois que os advogados de Guaranho abandonaram o júri, alegando cerceamento de defesa. Para o desembargador, diante da proximidade da data do novo julgamento, "a permanência de Guaranho na comarca se faz necessária também para evitar novo deslocamento entre Foz do Iguaçu e Pinhais [onde o ex-agente penal estava preso anteriormente]".
Relembre o caso
Marcelo Arruda foi morto a tiros em sua festa de aniversário de 50 anos, que acontecia em um clube de Foz do Iguaçu. O local estava decorado com adereços a favor do então candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo a Polícia Civil, Guaranho teria ficado sabendo da festa durante um churrasco, que acontecia em outro local. Apoiador de Jair Bolsonaro (PL), o ex-agente penal foi até o clube com a mulher e o filho, ainda bebê. Após uma discussão com Guaranho, Arruda jogou um punhado de terra contra o carro do ex-agente penal.
Guaranho, então, teria ido para casa, deixado a mulher e o bebê, e voltado ao clube. Foi então que o ex-agente penal atirou três vezes contra Arruda. O ex-tesoureiro do PT revidou com 13 disparos, acertando quatro em Guaranho.
Segundo a acusação, o crime teve motivação política. Já a defesa afirma que o assassinato aconteceu após uma "discussão banal".
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