Mancha Verde e Gaviões desmentem convocação para ato contra Bolsonaro na Paulista

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As torcidas organizadas do Palmeiras (Mancha Alvi Verde) e do Corinthians (Gaviões da Fiel) desmentiram uma notícia que circulou na quarta-feira (14) de que as agremiações estariam convocando seus filiados para um ato contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na Paulista, em São Paulo, no mesmo dia em que está prevista uma manifestação convocada por Bolsonaro.

Em nota publicada nas redes sociais, a Mancha disse que “não fez qualquer convocação para que seus associados compareçam a manifestações de cunho político e desaprova a utilização indevida de seu nome em publicações apócrifas nas redes sociais”.

A Gaviões da Fiel também negou a suposta convocação. Ao jornal O Estado de São Paulo (Estadão), um dos integrantes da torcida, Danilo Pássaro, do movimento Somos Democracia, disse que o que uniu a torcida em 2020 “não foi apenas enfrentar bolsonaristas, foi defender a democracia”.

Em 2020, a Gaviões e outros grupos ligados a torcidas de futebol realizaram um ato “pró-democracia” e “antifascista” na Paulista.

“A gente avalia que, por ora, não se faz mais necessário. Ao contrário de 2020, a gente tem um governo que defende a democracia”, disse Danilo ao Estadão.

Na quarta-feira (14), alguns jornais repercutiram publicações das redes sociais com uma suposta convocação das duas torcidas para um ato “pró-democracia”  intitulado “Domingão do Arrebatamento”, que seria realizado na Paulista, no dia 25 de fevereiro, às 15 horas.

Na segunda-feira (12), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) convocou os seus seguidores para participarem de um ato público marcado para o último domingo de fevereiro (25), às 15h, na Avenida Paulista, em São Paulo, com o propósito de "defender o Estado democrático de direito", vestindo verde e amarelo.

Ele anunciou que ele encabeçará a manifestação com o propósito de rebater todas as acusações que tem enfrentado nos últimos meses, em especial no contexto da operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro é um dos alvo dessa mais nova operação da PF, deflagrada na quinta-feira (8), com objetivo de investigar suposta tentativa de golpe de Estado, na qual o ex-presidente seria o mentor.