Não é todo mundo que se descuidou da prevenção contra a gripe A neste verão: o síndico Delfin Figuerôa, por exemplo, tem tomado cuidado redobrado para que não faltem unidades de álcool em gel na portaria do prédio em que trabalha, no Centro de Curitiba, e também em sua casa. Mesmo com as altas temperaturas e com a diminuição das campanhas de prevenção, o síndico mantém o hábito de lavar as mãos e utilizar o álcool sempre que chega da rua. "É importante continuar tendo os mesmos cuidados", acredita.
Em Portugal, o filho dele, Júlio César Figuerôa segue as recomendações do pai. Júlio vive em Lisboa há pouco mais de dez anos, onde trabalha como professor de educação física. Ele conta que a preocupação com a gripe A ainda é grande no país por causa do inverno. "Aqui em Portugal os idosos foram vacinados e as gestantes foram dispensadas do trabalho". As dicas de como prevenir o contágio também estão presentes nos principais espaços públicos do país. "Aqui tem orientação em todos os lugares", conta Júlio que, na sexta-feira, enfrentava uma temperatura de apenas 6ºC pela manhã.
O exemplo da família de Delfin é um caso atípico no verão paranaense. Em enquete no centro de Curitiba, a maioria dos entrevistados assume que deixou a preocupação de lado. "Nos últimos meses não me cuidei nem um pouco", conta o técnico em informática Edmilson Luiz Duarte. O motivo: Edmilson já não sente mais o mesmo medo da gripe que sentia no início da propagação do vírus no Brasil. "Antes eu passava álcool nas mãos quatro a cinco vezes por dia", lembra.
A coordenadora de recursos humanos Andrea França percebeu essa falta de preocupação até no ambiente de trabalho. "A gente até já retirou o álcool em gel que ficava em cima das mesas", conta. Ela diz, entretanto, que a intenção é retomar os cuidados assim que chegar o inverno.
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