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O professor de Educação Física Carlo Vicente Burmester, do Colégio Estadual Professor Algacyr Munhoz Maeder, no Bairro Alto, em Curitiba, descobriu um de seus hobbies por meio do trabalho com o projeto Ler e Pensar. Durante as aulas teóricas de sua matéria, o docente decidiu experimentar a utilização do jornal em sala de aula. O resultado foi fantástico e contou com grande engajamento dos alunos.

Tudo começou com a paixão pelo futebol. O professor se sentia decepcionado com a cobertura da mídia esportiva brasileira que, segundo o docente, prioriza os times do eixo Rio-São Paulo e desconsidera muitas vezes a tradição dos times paranaenses. “Atentei para o fato quando ouvi de um comentarista esportivo que os jogadores brasileiros sofrem com o frio na Europa já que no Brasil não temos inverno. Estava assistindo ao programa debaixo de três cobertas”, disse o docente. Com isso em mente, Burmester decidiu propor aos seus alunos do ensino médio que fizessem eles mesmos uma cobertura local do esporte no Paraná.

O professor pediu que cada aluno pesquisasse na Gazeta do Povo informações sobre um time paranaense de sua preferência. Aqueles que não gostam de futebol poderiam escolher qualquer outro esporte para realizar a pesquisa. Após o levantamento das informações, os alunos deveriam apresentar os resultados em formato de matéria jornalística.

Das páginas para o rádio

Com o sucesso do trabalho e a adesão dos estudantes, o docente resolveu que era hora de expandir as atividades. O veículo escolhido foi o rádio, mais precisamente uma web rádio. A cada semana são selecionadas as três melhores matérias produzidas pelos alunos que são discutidas e gravadas em formato de mesa redonda. O programa de rádio esportivo ganhou o nome de Fair Play, em alusão ao espírito esportivo e jogo limpo, atitudes incentivadas pelo professor em suas aulas.

À medida que ia se envolvendo com a web rádio, Burmester descobriu os encantos da profissão de radialista e a beleza da produção dos programas. Hoje procura pesquisar cada vez mais sobre o assunto que, nas palavras do docente, se tornou uma paixão: “A produção do programa é toda compartilhada com os alunos, descobri através desse projeto algo que vou levar para a vida toda”, destacou

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