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Se aprovada, a lei terá o nome de “Lei Cleriston da Cunha”, em referência ao pequeno empresário que morreu enquanto estava preso na Papuda.
Se aprovada, a lei terá o nome de “Lei Cleriston da Cunha”, em referência ao pequeno empresário que morreu enquanto estava preso na Papuda.| Foto: Reprodução/despacho Vara de Execuções

Por meio de um comunicado nas redes sociais, a presidente da Associação dos Familiares e Vítimas de 8 de Janeiro (Asfav), Gabriela Ritter, pediu apoio para a proposição de uma lei de anistia para os réus do 8/1, cujo nome será “Lei Cleriston da Cunha”, em referência ao pequeno empresário que morreu enquanto estava preso na Papuda, mesmo com laudos médicos alertando para o risco de mal súbito por conta da sua condição de saúde.

“O Projeto de Lei de iniciativa popular é um instrumento pelo qual a população expressa seu desejo e além de ter uma tramitação em regime de urgência, consegue exercer uma pressão política imensa sobre os parlamentares para que se respeite a vontade do povo”, disse Ritter em vídeo publicado no Instagram.

O objetivo é coletar, pelo menos, 1,6 milhão de assinaturas de forma física em um formulário fornecido pela Associação.

Cleriston sofreu morte súbita no dia 20 de novembro de 2023 durante banho de sol na Papuda, onde estava preso preventivamente há dez meses por suposto envolvimento nos atos do dia 8 de janeiro.

Devido a comorbidades, Cleriston chegou a receber do Ministério Público Federal (MPF) um parecer favorável à saída da Papuda. O pedido de liberdade provisória foi encaminhado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre Moraes, no fim de agosto de 2023 e aguardava análise. Cleriston tinha 46 anos, morava em Brasília e deixou esposa e duas filhas.

A presidente da Asfav, Gabriela Ritter, é filha de um dos condenados pelo 8/1, o senhor Miguel Fernando Ritter, de 61 anos. O idoso foi condenado a 14 anos de prisão e pagamento de multa.

O senhor Miguel foi acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) dos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, e dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima.

Segundo o laudo da PF, que a Gazeta do Povo teve acesso, o único dado referente ao idoso é de que seu nome consta na lista de passageiros de um dos ônibus que viajou de Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, para Brasília, no dia 6 de janeiro de 2023, a fim de participar das manifestações.

Em janeiro deste ano, o idoso foi alvo de busca e apreensão efetuadas pela Polícia Federal (PF) logo após a participação de Gabriela em uma live com duração de oito horas a respeito dos atos do 8/1.

“Será que isso é uma tentativa de intimidação?”, questionou a advogada em entrevista à Gazeta do Povo, na época.

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