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Posse dos secretários e assessores da Presidência do STF. Victor Carnevalli Durigan aparece atrás do ministro Barroso, acima do seu ombro esquerdo
Posse dos secretários e assessores da Presidência do STF. Victor Carnevalli Durigan aparece atrás do ministro Barroso, acima do seu ombro esquerdo| Foto: CARLOS ALVES MOURA

O Supremo Tribunal Federal (STF) contratou para atuar na Coordenadoria de Relações com a Sociedade e Combate à Desinformação do Tribunal um ex-coordenador do Instituto Vero, uma ONG do youtuber lulista, Felipe Neto, voltada à pesquisa, campanhas e projetos ligados ao “combate à desinformação”.

O assessor da Secretaria-Geral da Presidência do STF, Victor Carnevalli Durigan, ingressou no cargo há sete meses. Na ocasião, Durigan compartilhou sua nomeação em uma publicação nas redes sociais.

“Gostaria de compartilhar que estou começando em um novo cargo de assessor na Secretaria-Geral da Presidência do Supremo Tribunal Federal. Uma honra servir à presidência do ministro Luís Roberto Barroso e poder contribuir com meu trabalho nos grandes desafios que serão tocados pela Secretaria-Geral do Supremo”, escreveu Durigan em seu perfil no LinkedIn. 

De acordo com o site do STF, Durigan iniciou seu trabalho na Corte em 2 de outubro de 2023 e recebe um salário mensal de R$ 10.653,04. A remuneração mensal bruta chega a R$ 17.028,62.

Durigan também costumava publicar artigos no site JOTA defendendo a regulação das redes sociais e a aprovação do Projeto de Lei (PL) 2.630/20, conhecido como PL das Fake News ou PL da Censura.

Em seu último artigo, publicado no dia 26 de junho de 2023, Durigan disse que “para fortalecer a democracia, o Brasil precisa regular as plataformas digitais”.

Segundo informações prestadas por Durigan nas redes sociais, antes de ingressar no STF, ele atuou como coordenador de Relações Institucionais do Instituto Vero, do youtuber Felipe Neto.

O Instituto aparece entre as ONGs que figuram na lista de beneficiários da polêmica Open Society Foundations (OSF), do magnata George Soros. A OSF é conhecida pelo financiamento de pautas progressistas, como legalização do aborto, descriminalização das drogas e temas ligados à agenda de gênero, em vários países.

Em seu site, a Open Society tem registrado o envio de 250 mil dólares para a ONG de Felipe Neto no ano de 2021.

É comum encontrar nos sites das próprias ONGs financiadas por Soros publicações enaltecendo o “lobby do bem” ou “advocacy”, estratégia usada pelas organizações para influenciar tomadores de decisão na mudança ou criação de políticas públicas em favor de uma causa.

De acordo com a página da Controladoria-Geral da União (CGU), com quem a ONG de Felipe Neto mantém parceria no âmbito do programa “Governo Aberto”, o Instituto Vero atua nas áreas de comunicação ou jornalismo, pesquisa, advocacy e gestão executiva. 

Após a contratação de Durigan pelo STF repercutir nas redes sociais esta semana, Felipe Neto disse ter orgulho da ONG e confirmou a “contribuição” financeira de George Soros ao instituto.

“O Instituto Vero realiza um trabalho incrível e sinto imenso orgulho. Do meu bolso, aportei mais de R$ 1 milhão. Várias outras entidades contribuíram, incluindo a Open Society, do George Soros. Esperneiam os fascistas, enquanto a gente trabalha”, escreveu Neto em seu perfil na rede social X.

Vale ressaltar que desde que estourou o escândalo do “Twitter Files Brazil”, Neto tem atacado o proprietário do X (ex-Twitter), Elon Musk, com o argumento de que o bilionário estaria se intrometendo em assuntos internos e comprometendo a soberania nacional.

Musk tem denunciado a pressão de parlamentares e de parte do judiciário brasileiro, especialmente do ministro do STF, Alexandre de Moraes, por censura a perfis da rede social não alinhados à esquerda. Neto é citado nos documentos, mostrando acesso privilegiado nas negociações com o Twitter.

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