• Carregando...

O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) marcou a data da audiência de instrução do caso do ruralista Alessandro Meneghel, acusado de ter matado o policial federal Alexandre Drummond Barbosa, no dia 14 de abril, em Cascavel, no Oeste do Paraná. A sessão será realizada no dia 20 desde mês, às 13h40.

Na madrugada do dia 14 de abril, um sábado, Barbosa foi morto com disparos de pistola 380 e espingarda calibre 12, em frente a uma casa noturna. Os tiros teriam ocorrido após um desentendimento do policial com o ruralista. A confirmação da data da audiência ocorreu nesta terça-feira (12), por meio de um despacho do juiz Gustavo Hoffmann, da 3ª Vara Criminal do TJ-PR.

Além de divulgar a data, o juiz indeferiu o pedido da defesa de Meneghel para uma oitiva com testemunhas. De acordo com o despacho, a defesa do ruralista foi intimada, no dia 8 de maio, a apresentar resposta à acusação em até dez dias. A manifestação, porém, só teria sido entregue na 3ª Vara Criminal no dia 30 de maio.

Ainda segundo o documento do juízo, o perito oficial do caso, uma das testemunhas arroladas intempestivamente pela defesa, ainda poderá ser ouvido. "Os peritos ainda poderão ser intimados para comparecer à audiência para prestar esclarecimentos, desde que seja realmente necessário", diz trecho do documento.

Além dessas duas medidas, Hoffmann autorizou a inclusão de dois assistentes de acusação e indeferiu pedido da defesa para exclusão de material fornecido pela Polícia Federal que consta no inquérito policial. A alegação da defesa era de que a investigação corria sob responsabilidade exclusiva da Polícia Civil. Mas, de acordo com o juiz, "isso não gera nulidade na ação, porque ela não depende desses documentos para nascer".

Meneghel, que é ex-presidente da Sociedade Rural do Oeste do Paraná, foi preso horas após os disparos e confessou o crime. Ele ficou detido por 28 dias na penitenciária de segurança máxima de Catanduvas. Em 11 de maio, porém, foi transferido para a Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC). Cláudio Dalledone Junior, advogado de ruralista, disse que trabalha para provar que seu cliente agiu em legítima defesa.

Já Luciano Katarinhuk, contratado como assistente de acusação, defende a tese de que a morte de Barbosa foi uma execução sumária. Katarinhuk é um dos principais advogados criminalistas de Cascavel e foi contratado pela família do policial, que mora em Minas Gerais. As despesas relativas aos honorários do advogado serão custeadas pela família com apoio de vários sindicatos, entre eles o que representa os trabalhadores da própria Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Receita Federal, Justiça Federal, Polícia Militar e Departamento Penitenciário Nacional.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]