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A desvalorização da soja no mercado internacional já começa a afetar o elo do consumo. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem o Índice de Preços ao Produtor (IPP) válido para o mês de maio, que subiu 0,15% no período. Trata-se da menor taxa desde janeiro deste ano (0,02%) e, conforme a entidade, reflete os preços mais baixos da oleaginosa e a menor demanda das famílias brasileiras.

A desaceleração do indicador veio principalmente pelo segmento de alimentos, que ficaram 0,63% mais baratos no mês passado. “A soja está num momento de oferta bastante expressiva no mercado internacional, e os preços acabam caindo. Com isso, os derivados acabam tendo esse efeito também", detalha especialista no assunto do IBGE, Alexandre Brandão.

Outro fator que pressionou o IPP foram os preços de carnes de aves congeladas. "Os produtores dizem que a demanda não está tão aquecida, e isso provavelmente tem a ver com esse momento de contenção que estamos vivendo", detalhou o especialista do IBGE, em referência à desaceleração no consumo das famílias.

No contraponto da soja e das aves a carne bovina gerou efeito oposto no IPP. O aquecimento do mercado externo e o início do período de seca, em que se troca o pasto por ração (elevando custo) favorecem a alta do item no cálculo do indicador, aponta o IBGE.

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