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O consórcio criado pelas cooperativas do Paraná há seis meses para comprar e misturar adubo deverá se transformar em uma empresa ou cooperativa central para cumprir a missão de reduzir o custo dos produtos em 20%. A informação é do executivo contratado para estruturar o Consórcio Nacional Cooperativo Agropecuário (Coonagro), Daniel Dias.

Ele defende que o projeto continuará sendo essencial para a redução de custos mesmo que o Brasil se torne autossuficiente na produção de fertilizantes. O que deve mudar com a presença de novos fornecedores são as vias de acesso aos insumos. A negociação coletiva, com maior poder de barganha na definição de preços, deve continuar funcionando como estratégia, considera.

Depois de uma viagem à China, um dos maiores produtores de fertilizantes e agroquímicos, Dias avalia que, hoje, com a negociação direta, é possível pagar 25% a menos pelos fertilizantes consumidos no Paraná. "Em alguns produtos, a diferença é até maior."

No entanto, a legislação brasileira impede que um consórcio atue na importação e na mistura desses produtos, explica. Só uma empresa ou uma cooperativa central poderiam obter as licenças necessárias a essas atividades. "Estamos definindo qual a melhor alternativa."

Para que o Coonagro produza resultados antes da próxima safra de verão, será necessário buscar parceiros que já desenvolvam ou viabilizem essas atividades legalmente, afirma Dias. Paralelamente, o Coonagro mantém aberta a possibilidade de construir uma fábrica de adubos em Paranaguá.

A criação do Coonagro foi provocada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que desafiou o setor produtivo a buscar mais autonomia. Hoje o consórcio reúne 21 cooperativas do Paraná. Coamo, Cocamar e Coopavel ainda não participam, apostando em negociações diretas com os fornecedores de fertilizantes.

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