O Chile também ampliou suas importações de 12.592 toneladas em março de 2017 para 23.888 toneladas no mês passado.| Foto: Leticia Akemi/Gazeta do Povo

O mercado chinês se aproxima cada vez mais de representar 50% das exportações de carne bovina in natura e processada do Brasil, segundo a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) compilados pela associação mostram que, no primeiro trimestre, as exportações de carne bovina somaram 393.083 toneladas, das quais 171.249 toneladas foram para os chineses, que representaram 46,1% dos embarques. Desta forma, ao lado de países como o Egito, a China tende a impulsionar o desempenho de vendas externas da proteína brasileira em 2018.

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Para o levantamento, a Abrafrigo contabiliza as importações chinesas que ocorreram tanto de maneira direta, quanto por intermédio do produto que entra via Hong Kong. No primeiro trimestre de 2017, as vendas brasileiras para o país asiático representavam 35,8%.

Em relação a outros compradores, a entidade destaca o Egito como um importante cliente do País e que voltou às compras de maneira expressiva neste ano. Somente em março foram adquiridas 47.842 toneladas ante apenas 15.004 toneladas em igual período de 2017. O Chile também ampliou suas importações de 12.592 toneladas em março de 2017 para 23.888 toneladas no mês passado.

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“Os resultados no mercado internacional hoje constituem importante válvula de escape para compensar a queda nas vendas no mercado interno, que não vêm apresentando recuperação desde que foi deflagrada a Operação Carne Fraca da Polícia Federal no início de 2017”, afirma o comunicado.

Para a Abrafrigo, a Carne Fraca ainda se reflete negativamente sobre os negócios realizados com países integrantes da União Europeia e com os Estados Unidos. Por outro lado, para o mercado russo – que já chegou a ser o maior importador da carne bovina brasileira -, há perspectivas de reabertura das importações ainda no primeiro semestre de 2018.