A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) disse nesta sexta-feira, 23, em nota, que “vê com perplexidade” a decisão de suspender a importação de carne bovina in natura brasileira, anunciada na quinta-feira pelos Estados Unidos. “Os elementos utilizados (...) para justificar o fechamento do mercado não apresentam risco para a saúde dos consumidores norte-americanos. Esperamos que o governo dos Estados Unidos divulgue as justificativas técnicas e científicas que fundamentaram a decisão, que também pode ser vista como uma medida protecionista de mercado”, informou a CNA.
Apesar de não ser detalhada, a decisão anunciada na quinta-feira pelo secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue, teria ocorrido por conta de abscessos normalmente encontrados em cortes de carnes dianteiros de carne bovina, uma reação à vacina de febre aftosa que não causa mal à saúde humana. “A decisão do governo norte-americano prejudica ainda mais os pecuaristas brasileiros, que já enfrentam hoje uma série de dificuldades, como a queda no preço da arroba, o aumento dos custos de produção e os desdobramentos da Operação Carne Fraca e da delação da JBS”.
A CNA informou que apoia as ações do ministro Blairo Maggi e do Ministério da Agricultura para restabelecimento daquele mercado e “que continuará trabalhando, junto com o pecuarista brasileiro, para aumentar a competitividade do setor e impedir a desestruturação da cadeia produtiva”.
Para a entidade, os produtores rurais e pecuaristas brasileiros “cumprem as mais rigorosas exigências sanitárias e contribuem com a economia na geração de emprego, renda e alimentos de qualidade”, conclui.
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