Bel Air Sport Coupe 1961 recebeu rodas 18” no estilo palito, usado na época| Foto: Foto: Divulgação
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A essência do 3.º Encontro Bra­­sil Curitiba Roadsters de Hot Rod é reunir a nata do segmento no Brasil, mas um outro estilo de carro promete atrair também os olhares do público neste fim de semana no Pavilhão de Ex­­posições do Parque Barigui: o muscle car. Os carros de visual musculoso, duas portas e com alto desempenho possuem muitos simpatizantes e adeptos no país, por isso dividirão espaço com os hots como convidados ilustres.

O termo muscle car nasceu em 1964 nos Estados Unidos para definir os Pontiac de tamanho médio equipados com um potente motor V8 6.4. Ele podia acelerar de 0 a 100 km/h em menos de 7 segundos, que era um desempenho fantástico para a época. O estilo teve seu auge nos anos 1960 e começo dos 1970.

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Pelo menos 20 representantes dessa corrente estarão expostos no Barigui. O visitante poderá conferir um esportivo compacto Pontiac Firebird 1968, um Dodge Charger R/T 1968 com sua grade cobrindo toda a parte dianteira e ocultando os faróis – a marca registrada do modelo –, um Chevy Impala Sport Coupe 1965, que iniciou uma revolução em design que ditaria a tendência no visual dos carros norte-americanos, um lendário Chevrolet Chevelle SS 396 1967, entre outros.

Para o colecionador curitibano Mauro Melo, de uns cinco anos para cá o estilo muscle car ganhou bastante projeção, principalmente entre o público mais jovem. "Até as crianças já reconhecem o modelo pelo nome. Há muitas publicações especializadas sobre o assunto", diz ele, que levará três carros para o evento. Destaque para o Chrysler 300H 1962. Poucas unidades do modelo foram produzidas – 435 cupês e 123 conversíveis. Apesar dos desajeitados 5m60 de comprimento, o carro não faz feio. O propulsor V8 413 Edge produz 390 hp. "Exis­­tem apenas 200 cupês sobreviventes no mundo. Um deles está aqui no Brasil, em Curitiba", afirma o orgulhoso proprietário.

Outro que deverá chamar a atenção é o Bel Air Sport Coupe 1961. O veículo pertence ao taxista da capital José Rogério Piloto, que deu um upgrade no visual do Chevrolet. A lataria recebeu uma pintura vermelha, com pigmentos perolizados, e uma generosa camada de verniz. "No sol a tonalidade é metálica, à noite vira vermelho pu­­ro", ressalta.

A suspensão foi retrabalhada, o que deu uma aparência invocada ao modelo, remetendo aos automóveis no estilo lowrider do início da década de 50. Sob o capô, um motor original seis cilindros. "A versão 1961 foi a divisora de águas do Bel Air, que abandonou o rabo de peixe por uma traseira mais curta, na linha cupê", destaca Piloto, que afirma existir no país apenas cinco Bel Air SC 1961 iguais ao seu.

O Cutlass F-85 1963, da Oldsmo­bile, divisão da General Motors, certamente conquistará muitos fãs durante o encontro de hot, assim como fez com o cabelereiro Josimar Lazarte, de Curitiba. Ele sempre sonhou em ter um carro antigo e só realizou o desejo quando se deparou com o Cutlass durante uma negociação que envolvia o veículo. "Nunca tinha visto um exemplar antes", lembra Lazarte.

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E é claro que o Mustang não poderia faltar. O puro-sangue da Ford talvez seja a figura mais emblemática da cultura muscle cars. Um de seus re­­presentantes no Barigui será o mo­­delo "hard top" (teto rígido), ano 1967, de Aguilar Borsato Silva, da capital. O dono buscou na customização uma maneira de deixá-lo ex­­clusivo. A pintura, por exemplo, precisou de dez latas de tinta e a mistura de vários tons para se chegar a cor "azul da China". A suspensão foi retrabalhada e o carro recebeu rodas de 19". O motor 198 V8 4.7 permaneceu o de fábrica, porém, passou por um preparação de fazer inveja a muitos carros de competição. A potência chega a 450 hp, sendo 150 hp fornecidos pelo nitro.

Serviço:

3º Encontro Brasil Curitiba Roadsters de Hot Rod. Sábado: das 10 às 21 horas. Domingo: das 10 às 20 horas. Ingresso diário: R$ 10. Credencial (válida para os dois dias): R$ 15.