Nem todas as Ferraris e Lamborghinis que circulam pelo Brasil foram fabricadas na Itália. É possível que você já tenha cruzado com alguma unidade feita em Itajaí (SC). E é claro, sem o selo de originalidade das fabricantes.
Uma produção clandestina dos superesportivos foi descoberta pela Polícia Civil nesta segunda-feira (15) na cidade catarinense.
No local, no bairro Itaipava, foram apreendidas oito réplicas que estavam sendo montadas, além de chassis, moldes, ferramentas, fibras e peças falsificadas, como bancos e os emblemas das marcas.
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Os veículos eram construídos sob encomenda e a venda realizada até pelas redes sociais para todo o país. As falsificações custavam em média 8% do valor dos modelos originais. Enquanto os legítimos têm etiquetas entre R$ 1,5 milhão e R$ 3 milhões, as réplicas valiam de R$ 180 mil a R$ 250 mil.
No momento do flagra policial, boa parte das carcaças era do Lamborghini Huracán, que no Brasil é vendido em três versões, com valores de R$ 2,3 milhões a R$ 3,3 milhões.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Angelo Fragelli, a mecânica tinha origem em carros velhos. Numa das cópias encontradas no galpão era instalado o motor de um Chevrolet Omega.
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Os donos da fabricação caseira são pai e filho, que serão indiciados por crime contra a propriedade industrial, considerado um delito de menor potencial ofensivo.
Por isso após serem ouvidos pela polícia, juntamente com um funcionário, eles foram liberados. As identidades não foram reveladas.
Os clientes também serão investigados e caso constatado que tinham ciência de que o produto era alvo de ilegalidade serão indiciados pelo crime de receptação.
A denúncia à Polícia Civil foi feita pelas próprias marcas Ferrari e Lamborghini, por meio de seu representante em São Paulo. As empresas têm equipes que atuam em diversos países para descobrir operações ilegais. A investigação já ocorria havia dois meses.
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