A versão aventureira ficará posicionada no meio do catálogo do Argo. Foto: Fiat/ Divulgação| Foto:

Enquanto prepara a chegada do SUV derivado da picape Toro, previsto para 2021, a Fiat investe numa antiga receita para satisfazer o consumidor que curte o estilo fora de estrada dentro da cidade.

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A marca lança o Argo Trekking, com roupagem repleta de apliques e adesivos, ajustes na suspensão e pneus de uso misto, que deixam o carro mais descolado e com um visual para ser visto nas ruas.

O sobrenome é o mesmo usado pela picape Fiorino na década de 1990 e usado hoje em dia pela Strada. Ele identifica a solução mais light para quem busca uma proposta aventureira.

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Já a linha a Adventure, disponível na Strada e na perua Weekend, oferece recursos mais pesados para encarar terrenos hostis.

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Apresentação do Argo Trekking à imprensa automotiva. Foto: Renyere Trovão/ Gazeta do Povo

A novidade está posicionada acima da versão 1.3 Drive e abaixo da Precision. Por enquanto, será oferecida em configuração única, ao preço de R$ 58.990.

VERSÕES DO ARGOPREÇO
1.0R$ 48.990
1.0 DriveR$ 52.690
1.3 DriveR$ 53.690
1.3 TrekkingR$ 58.990
1.3 GSRR$ 61.790
1.8 Precision AT6R$ 63.590
1.8 HGT AT6R$ 69.990
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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]

A tabela é inferior a dos concorrentes com o mesmo apelo aventureiro, porém fica à frente na motorização somente do Onix Activ.

ModelosMotorPreço
Fiat Argo Trekking1.3R$ 58.990
Sandero Stepway1.6R$ 60.790
Chevrolet Onix Activ1.4R$ 62.290
Hyundai HB20X1.6R$ 63.990
Ford Ka Freestyle1.5R$ 64.090

O Argo Treeking se destaca pela pintura bicolor, teto e retrovisores em preto, outros detalhes escurecidos, como os logotipos da Fiat e a faixa fosca no centro do capô (inspirado no Renegade Trailhawk), além dos adesivos que nomeiam a versão.

Também exibe o tradicional kit aventureiro de série: proteções plásticas dos para-lamas rack no teto e faróis de neblina.

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Há uma pitada de esportividade na ponteira de escape em formato retangular, trazida do Argo HGT.

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Foto: Fiat/ Divulgação

O interior acompanha a temática externa, com forração mais escura e o 'Trekking' bordado nos bancos dianteiros - as costuras dos assentos são em laranja.

O tom escurecido aparece no logo da Fiat no volante e no painel central. Já as saídas de ar são cromadas, transmitindo um ar mais sofisticado à cabine.

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Suspensão e motor

O conjunto recebeu novas molas, calibração específica dos amortecedores e pneus de uso misto Pirelli Scorpion STR, na medida 205/60 R15, o mesmo modelo que calça o Renegade Trailhawk, só que mais estreito.

O motor é o conhecido 1.3 8V Firefly, com quatro cilindros, que rende 101/ 109 cv e 13,7/ 14,2 kgfm (gasolina/ etanol). O torque máximo já disponível a 3.500 rpm, o que garante respostas mais rápidas nas acelerações.

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Foto: Fiat/ Divulgação

A família de motores Firefly é reconhecida por entregar mais força em baixas rotações e apresentar baixos ruídos e vibrações.

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Por ora vem associado ao câmbio manual de 5 marchas, mas a partir de 2020 ganhará também o novo automático do tipo do CVT para substituir a atual automatizada GSR.

A lista de itens de série inclui direção elétrica, sistema multimídia Uconnect de 7 polegadas sensível ao toque com Apple CarPlay e Android Auto, vidro elétricos nas quatro portas e retrovisores elétricos. Rodas de liga leve aro 15 são opcionais, bem como a câmera de ré com linhas dinâmicas.

Foto: Renyere Trovão/ Gazeta do Povo

Como anda o Argo Trekking

A Fiat organizou um test drive na região de Mogi das Cruzes (SP), mesclando trajeto de asfalto com trechos de terra batida, com alguns pedregulhos.

E maior altura livre do solo, ao contrário do que se poderia imaginar, não resultou em perda de estabilidade.

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Para compensar o centro de gravidade mais elevado, a Fiat deixou as molas mais rígidas e aumentou a carga dos amortecedores.

O resultado é a maior segurança nas curvas e nos desvios rápidos de trajetória, mas sem perder o conforto no rodar, que é uma das características do Argo.

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Foto: Fiat/ Divulgação

A direção elétrica foi recalibrada para ficar mais firme em velocidades maiores e e dar respostas imediatas nas mudanças abruptas de direção.

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A presença do pneu de uso misto faz o carro grudar mais ao chão, especialmente em piso com baixa aderência, como os de terras com pedregulhos.

Os impacto das imperfeições no terreno são bem absorvidos e a altura de 21 cm em relação ao solo garante a transposição sem sustos de buracos e lombadas. Também é uma tranquilidade maior para transpor ruas alagadas.

A ausência dos controles de tração e de estabilidade (só disponível no 1.3 GSR automatizado) coloca um limite nas aventuras fora de estrada e exige mais atenção ao entrar numa curva com o ponteiro do velocímetro na casa dos 100 km/h.

*O jornalista viajou a convite da Fiat

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