| Foto:

Um dos esportivos fora de série mais cultuados da indústria brasileira está de volta. O Puma será novamente fabricado e as primeiras unidades chegarão às ruas em dezembro ao preço de R$ 150 mil cada, quase todas já vendidas.

CARREGANDO :)

A nova geração do clássico foi batizada de Puma GT Lumimari e produzida pela Puma Automóveis. Ainda não há imagens oficiais do carro, mas o designer e criador da releitura, Du Oliveira, divulgou projeções de como será o modelo. 

O reedição do felino será limitadíssima para comemorar os 50 anos da marca. Serão apenas 10 exemplares - com numeração de 0001 a 0010 - com as cores internas e externas escolhidas pelo futuro dono.

Publicidade

A aquisição virá acompanhada de um certificado em aço inox e fibra de carbono homenageando os sortudos (e endinheirados) proprietários. 

 

LEIA MAIS: Conheça o Toyota Yaris que será feito no Brasil para brigar entre os compactos

O documento torna-os um ‘Parceiro Puma ad eternum’, garantindo alguns benefícios, como acesso ao processo de produção do veículo, descontos e prioridades na compra de produtos, revisões e manutenções sem custo feitas na própria fábrica. 

Eles receberão ainda entradas VIPs para eventos da marca, como em pistas de corrida. Sim, a Puma também anunciou seu retorno às competições, com a produção de veículos de turismo. 

Publicidade

 

“Nas pistas nascemos, pelas pistas retornaremos”, diz o slogan no site da marca em referência ao modelo que já está pronto para acelerar nos autódromos pelo país.

A compra da série especial dará ainda o direito de trocar o modelo, sem ônus, por um futuro lançamento. A Puma já sinalizou em produzir outras versões dependendo do impacto que o Lumimari causará ao mercado. Inclusive com planos de exportar para os Estados Unidos e até participar de competições no exterior com a sua versão das pistas.

Puma 52, desenvolvido para acelerar nas pistas. 

Motor forte, peso leve

As projeções revelam um visual muito próximo ao do Puma que era feito de forma artesanal numa época em que não havia a concorrência de modelos importados.

Publicidade

A versão moderna virá equipada com motor 2.4 Flex de quatro cilindros, que rende 180 cv e 25 kgfm de torque disponível a 2.800 rpm, desenvolvido pela Puma Automóveis e posicionado na parte traseira-central, favorecendo na melhor distribuição de peso.

Por falar em peso, são apenas 917 kg, 10 kg a mais do que o Fiat Mobi, por exemplo, o que dá uma impressionante relação peso/potência de apenas 5 kg/cv. 

 

LEIA MAIS: Milzinho não, milzão! Os dez carros 1.0 mais potentes no Brasil

Pela central multimídia será possível escolher por 5 configurações do propulsor, que estará associado a uma transmissão manual de seis marchas, com tração traseira.

Publicidade

O chassi tubular em aço vestirá uma carroceria construída em fibra de vidro e carbono - materiais que colaboraram para deixar o carro bastante leve.  A suspensão será independente.

 

 

As rodas aro 17 virão calçadas com pneus Pirelli P Zero Trofeo 225-40 (dianteira) e 225-45 (traseira), enquanto os freios serão a disco nas quatro rodas, com pinças de alumínio de 4 pistões em cada uma. O GT Lumimari será, praticamente, um carro de corrida para as ruas e será revelado ao público em dezembro deste ano.

Sucesso no passado

Entre meados da década de 1960 até 1980 o mercado brasileiro era fechado à importação de automóveis. Com isso, várias empresas nacionais surgiram para atender ao consumidor carente de novidades. 

Publicidade

Puma foi uma delas. Ela surgiu em 1967 e talvez seja a que obteve maior sucesso entre as empresas que fabricavam modelos fora de série. Além do Brasil, também exportou seus carros para a América do Norte, Europa e África. 

Seus veículos eram equipados com motor  DKW (3 cilindros), Volkswagen (4 cilindros) e General Motors (4 e 6 cilindros). Exibia dimensões compactas e linhas esportivas, embaladas por uma carroceria de fibra de vidro. 

 

Algumas versões viraram sonho de consumo de muitos apaixonados por velocidade. A pioneira foi o Puma GT, que utilizava mecânica e carroceria da DKW. Depois vieram GTE (a de maior volume produzida), GTS , GTB, AM1, entre outras.

A empresa ficou na ativa até o fim da década de 1980, antes da abertura das importações, quando fechou as portas devido à crise. De lá para cá ensaio várias tentativas para retornar ao mercado, pelas mãos de diferentes comandos. 

Publicidade

Em 2013, assumiu uma nova direção sob o nome de Puma Automóveis, que agora busca resgatar os áureos tempos da Puma no Brasil e, quem sabe, em outros mercados.

VÍDEO MOSTRA A RESTAURAÇÃO DO PUMA