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Biscoitos de mel, amanteigados, de amêndoas ou de castanhas, os mais tradicionais nas festas de fim de ano são deliciosos, mas também podem ser usados como decoração e para presentear. Por isso, vale a pena colocar a mão na massa e personalizar as bolachas natalinas. O toque de chef, nesse caso, pode ser dado na apresentação.

“Árvores, bonecos de neve e Papai Noel são as formas mais comuns, mas há aquelas com desenhos divertidos, como animais e personagens de histórias infantis”, afirma a chef Geraldine Miraglia, da Oli Gastronomia. Em lojas especializadas, os preços das fôrmas temáticas variam entre R$ 2 e R$ 4,50, dependendo do tamanho.

Na hora de decorar, a recomendação é investir em glacês de várias cores, confeitos, pedaços de chocolate, geleias de frutas, pasta americana, pingos de suspiro, açúcar colorido, corantes e até canetinhas especiais para alimentos, que podem ser encontradas em lojas especializadas. Em Curitiba, na A Casa do Confeiteiro, custam R$ 10,90 (5 cores).

Coadjuvantes nas ceias de Natal e ano-novo, os biscoitos podem ser servidos após o jantar – acompanhados por café, licor ou champanhe –, no café da manhã e em lanches em família. Outras opções são usá-los para decorar a mesa da ceia, pendurá-los na árvore ou dar de presente. “Pode-se fazer uma combinação de biscoitos com vários tipos de especiarias, embalados com lacinhos ou em caixas pequenas decoradas”, diz a pâtissier Viviane Malucelli, proprietária da Viviane Malucelli Passion du Chocolat.

Conservação

Para manter a qualidade dos biscoitos por mais tempo, a chef Geraldine Miraglia, da Oli Gastronomia, dá algumas dicas. “O melhor é tirá-los da forma logo depois de assados, dispor em uma grade e, assim que esfriar, colocar no recipiente, seja lata, pacote ou caixa, e fechá-lo bem, porque o ar é o pior inimigo das bolachas”, diz. Para manter a crocância, é bom deixá-los em locais arejados, longe do calor e da umidade.

Produção

A pâtissier Viviane diz que as combinações clássicas para as festas de fim de ano levam castanhas, nozes e canela, mas a criatividade não tem li­­mite. “Há receitas com mel, outras com avelã, algumas com farinha integral, há aquelas que dispensam a adição de ovos e outras que ficam ótimas sem farinha de trigo ou sem leite”, explica a empresária Elizabeth Prestel, sócia-proprietária da Erika Bolachas e Confeitaria Alemã. Para ela, os biscoitos de castanha com canela e os amanteigados com castanha e limão são opções que não podem faltar no Natal.

Uma das características da fabricação das bolachas é a facilidade de lidar com a massa. “Diferentemente de um bolo, que você precisa fazer, assar e consumir rapidamente, com os biscoitos, você pode fazer a massa, congelar, trabalhar com ela dali 15 dias, assar e deixá-los por duas ou três semanas acondicionados em vidros e latinhas até comer”, diz a chef Geraldine Miraglia, que dá a receita das speculaas, tradicionais biscoitos holandeses, que levam especiarias diversas em sua massa.

Mesmo com a praticidade das receitas, os iniciantes na cozinha precisam de uma boa dose de cuidado. “Nos pratos salgados, um erro pode passar até despercebido. Ao contrário, na confeitaria, o cozinheiro precisa ter atenção nas medidas, pois um toque a mais ou a menos de açúcar ou farinha, por exemplo, já desanda todo o processo”, comenta Geraldine.

Na hora de assar, o tempo médio é de 10 a 15 minutos no forno, mas nada substitui o olhar atento do cozinheiro. Se elas estiverem douradas, estão prontas para ser servidas.

O que escolher?

Se você não conhece o gosto de quem vai presentear, para não errar a dica é investir em latas com vários sabores de biscoitos. “Juntar algumas bolachas de mel, outras com castanha, algumas com nozes e outras com chocolate é uma forma de agradar a todos”, diz Elizabeth Prestel, sócia-proprietária da Erika Bolachas e Confeitaria Alemã.

História do speculaas

Conta-se que, no início do século 19, um mercador que vinha da Indonésia para a Holanda com os porões carregados de especiarias enfrentou, durante a viagem, três tormentas e teve todo o seu carregamento misturado, formando um verdadeiro blend de especiarias.

Quando finalmente aportou na Holanda, ele viu que não poderia comercializar seu produto, então cedeu parte do blend a um padeiro, que rapidamente criou um biscoito aromático.

Nas festas de Santa Claus, o padeiro enviou os biscoitos ao bispo, para distribuição às pessoas carentes. Logo o biscoito começou a ser chamado de speculaas (em holandês, uma união das palavras “especiaria” e “Santa Claus”).

Assim, o fato gerou uma tradição que permanece até hoje nas festividades cristãs. Quando a criança recebe seu presente acompanhado do speculaas, geralmente em forma de figuras e, na principal noite da festividade, o chefe ou a pessoa mais velha da família, recebe o biscoito e o quebra em vários pedaços, para que cada pessoa ali reunida saboreie sua parte fazendo um pedido.

Outro costume da região é fazer a massa em família, guardá-la em uma lata fechada na geladeira durante um ano para que, com este tempo de maturação, as especiarias fiquem mais evidentes, e então assá-las e degustá-las.

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Serviço:

Oli Gastronomia – Rua Senador Saraiva, 209, São Francisco – (41) 3016-8696 e www.oligastronomia.com.br. Erika Bolachas e Confeitaria Alemã – Rua Professor Milton Carneiro, 37, Pilarzinho – (41) 3584-1136w e www.erikabolachas.com.br. Aceita encomendas por e-mail e telefone e faz entregas em Curitiba. Viviane Malucelli Passion du Chocolat – Alameda Presidente Taunay, 543 – (41) 3022-7603 e www.passionduchocolat.com.br. A Casa do Confeiteiro – Rua da Paz, 609 – (41) 3363-5655.

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