Se você já está com os hashis a postos, só esperando a seqüência de sushis e sahimis servida nos rodízios, é melhor repousar os “talheres” à mesa e munir-se de uma paciência oriental. Afinal, comer é uma arte. Um ritual que leva tempo, nutre o corpo e faz bem à alma. Esqueça da “fast food” de olhinhos puxados e experimente ir a fundo num cardápio de um restaurante tradicional. Os funcionários poderão ajudá-lo a desvendar os sabores e os mistérios de um menu japonês legítimo.

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Nada de versões ocidentalizadas, que levam em suas preparações produtos industrializados ou outros afins. Os japoneses mesmo preferem a culinária básica, principalmente a de antes do fim da era Meiji, que durou de 1868 a 1912. Essa culinária se faz da combinação de ingredientes simples e de preparações saudáveis à base de arroz, peixe, carnes, vegetais, soja, cogumelos e temperos como shoyo e wasabi (pasta de raiz forte).

No tradissionalíssimo Tako, em que não há opção de rodízio, uma sugestão é o Bataiaki: a carne é puxada na manteiga numa panela de ferro que vai à mesa e leva um molho, servido à parte, de shoyo e limão. O prato para duas pessoas custa R$ 53. Já o conhecido Sukiaki é feito de carne fatiada em tiras quase tão finas quanto as de carpaccio, cozidas numa panela de ferro junto com verduras, tofu, cogumelos e um molho adocicado com shoyo e saquê. O prato, que serve duas pessoas e custa R$ 52, atende aos que gostam do ritual à mesa. Outra opção da casa é o Teishoku, um prato à base do peixe de sua preferência grelhado, acompanhado de várias tigelinhas com conserva, tofu, cozido de legumes, arroz branco, missoshiro, cogumelos e ovo. A refeição completa, para uma pessoa, à base de anchova, custa R$ 32; com salmão, sai por R$ 35. Fumiko Matsubara Takaya, uma das sócias do restaurante, indica ainda o espetinho de salmão enrolado em fatias de shiitaki. Cada um custa R$ 12.

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A chegada do frio também ajuda a tornar mais badaladas as páginas dos pratos quentes nos cardápios japoneses. A sugestão do chef Valdenir Sousa, do Ippon, é atacar de sopa – ou melhor, de Udon, que é um caldo à base de shoyo com macarrão. O Tempura Udon, cuja porção individual custa R$ 15, mistura o ensopado com legumes e camarões empanados. Outra versão é o Nabeyaki Udon, que leva camarão, frango, cogumelos e ovo. O prato sai por R$ 19. O Sukiaki do Ippon serve três pessoas e custa R$ 65. Junto com a carne fininha na chapa, uma mescla de acelga, moiashi, tofu e shiitaki. Para quem prefere uma receita à base de carne de porco, o restaurante tem o Care Rice: lombo com legumes temperado com o care – um condimento picante – e servido com arroz branco. Porção individual a R$ 16.

No Yamato, o gerente Flávio Masatoshi Inoue vai logo perguntando: “Vai querer comida de brasileiro ou de japonês?” Se a opção escolhida for a segunda, nem pense em pedir o cardápio (a não ser que você se garanta com o alfabeto deles), ouça atentamente as explicações do funcionário e mande logo vir um Tonkatsu Teishoku. Essa é daquelas refeições completíssimas, em que não faltam carne (no caso, lombo de porco empanado com molho), arroz, abóbora cozida, vinagrete, missoshiro, grelhados e assim por diante. Tudo isso por R$ 18. Ou vá de Tonkatsu Donburi – também chamado de Katsudon –, que é composto de uma camada de arroz cozido no fundo de uma tigela recoberto por uma carne, que podem ser costeletas de porco, vegetais e, em alguns casos, até ovos.

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