Sete em cada 10 brasileiros se mostraram contrários à liberação do porte de 40 gramas de maconha para uso pessoal, conforme determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O número faz parte de um levantamento realizado pelo instituto Paraná Pesquisas entre os dias 18 e 22 de julho de 2024, e divulgado nesta segunda-feira (29).
Os entrevistadores ouviram 2.026 eleitores em 164 municípios de todos os estados do Brasil, incluindo o Distrito Federal. De acordo com a amostragem, a pesquisa em nível nacional tem uma margem de confiança de 95% e uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais.
Segundo a pesquisa, 82,2% dos entrevistados ficaram sabendo da liberação pelo STF do porte de até 40 gramas de maconha para uso pessoal. Outros 15,1% disseram não saber da liberação, enquanto 2,7% não souberam responder. Os entrevistados da Região Sul foram os que mais se disseram informados sobre a medida, 86,1%, e nas regiões Norte e Centro Oeste este percentual foi o menor, de 79,3%.
No geral, 69,1% dos entrevistados em todo o Brasil se mostraram contrários à liberação do porte de 40 gramas de maconha para uso pessoal; 18,8% responderam de forma favorável à liberação; 8,1% disseram não ser nem contrários nem favoráveis; e 4% dos entrevistados não souberam ou não opinaram.
Maior rejeição à liberação do porte de maconha foi registrada entre pessoas acima de 60 anos
Na apuração por faixa etária, a rejeição ao porte de maconha liberado pelo STF foi maior entre os entrevistados a partir de 60 anos de idade – a discordância com a medida da Suprema Corte foi de 78,2%. Na outra ponta ficaram os entrevistados com idades entre 16 e 24 anos, com uma rejeição de 45,3%. Os mais jovens contemplam a faixa identificada pela Paraná Pesquisas com maior simpatia à medida do STF, com 37,2% de aprovação.
A Região Sul foi onde os entrevistadores encontraram o maior percentual de pessoas contrárias à liberação, 71,6%. Na sequência vêm as regiões Norte e Centro Oeste (70,4%), Sudeste (70,3%) e Nordeste (65,1%). O maior número de pessoas favoráveis à medida está, de acordo com a pesquisa, na Região Nordeste (21,6%), seguido pelas regiões Norte e Centro Oeste (18,4%), Sudeste (17,9%) e Sul (16,2%).
Opinião contrária à liberação do porte de maconha foi de 77,5% entre evangélicos e 69,6% entre católicos
Os entrevistados com ensino superior foram, segundo a Paraná Pesquisas, os mais favoráveis à liberação, com 23,7% de aprovação, seguidos por aqueles com ensino fundamental (17,9%) e ensino médio (16,8%).
A aprovação foi maior também entre as pessoas economicamente ativas (empregados, trabalhadores por conta própria, empregadores e pessoas que trabalham sem remuneração em ajuda a membros da unidade familiar), com 20,9%, do que entre os desempregados, com 14,8%.
No recorte por sexo, homens e mulheres tiveram uma rejeição próxima em relação à medida, com 69,2% e 69%, respectivamente. A diferença maior foi entre aqueles que se disseram a favor da liberação do porte de 40 gramas de maconha para uso pessoal, sendo 17,5% entre as mulheres e 20,1% entre os homens.
Entrevistados que se identificaram como evangélicos apresentaram uma taxa de rejeição maior, de 77,5%. Entre os católicos, a taxa de rejeição ficou em 69,6%. Pessoas que disseram se identificar com outras denominações religiosas foram os que demonstraram maior aceitação pela liberação do STF, com 29,1%.
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