A Polícia Federal (PF) prendeu o hacker Selmo Machado da Silva em Campo Grande (MS), no último domingo (17). Selmo é acusado de invadir o sistema do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) para alterar sentenças. O hacker também está na lista vermelha da Interpol.
Segundo a PF, Selmo teria falsificado assinaturas eletrônicas de juízes, servidores, membros do Ministério Público Federal e alterado documentos em, pelo menos, oito processos.
Selmo teria agido em parceria com outro acusado identificado como Diego Guilherme Rodrigues.
Os objetivos da dupla seriam a alteração de sentenças emitidas contra Selmo e a apropriação de valores pendentes em ações judiciais.
Os dois viraram alvos da Operação Escalada Cibernética em maio de 2021. Na época, Diego foi preso e Selmo não foi encontrado. Foi quando, sem pistas do hacker, a PF incluiu o nome de Selmo na lista da Interpol.
Enquanto ainda era procurado, Selmo chegou a ser condenado a nove anos de prisão por invasão de dispositivo informático e falsificação de documento público. Diego foi condenado a cinco anos de reclusão.
O advogado de Selmo, Matheus Pelzi, disse ao G1 que o processo caminha “de modo totalmente ilegal”, já que as vítimas do crime são os mesmos que estão julgando o caso.
“As próprias ‘vítimas’ estão julgando ele, causa clara de impedimento que não reconheceram. Fora que não nos forneceram todas as provas dentro do prazo também. Além disso, sempre disseram que ele estava foragido, só que ele sempre esteve na residência dele, onde foi preso neste domingo”, disse o advogado.
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