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Jack O’Connell interpreta Louie Zamperini, atleta olímpico e herói da Segunda Guerra Mundial | Divulgação
Jack O’Connell interpreta Louie Zamperini, atleta olímpico e herói da Segunda Guerra Mundial| Foto: Divulgação

Invencível parte de ideia boa, mas resultado é ruim

Um terço de Invencível se desenvolve no pequeno espaço de uma balsa –onde três militares que sobreviveram a um acidente de avião na Segunda Guerra Mundial, entre eles Zamperini, aguardam o resgate (que seria feito pelas forças japonesas). As cenas são bem elaboradas do ponto de vista técnico, mas não transmitem o drama supostamente vivido pelos homens à deriva no mar, cercados por tubarões.

Outra grande parte do filme se desenvolve nos campos de concentração japoneses, nos quais Zamperini esteve aprisionado, às ordens de Mutsushiro Watanabe, um cruel soldado japonês interpretado sem muita convicção por Takamasa Ishihara.

Da mesma forma que ocorre com as cenas no mar, as imagens são nítidas e brilhantes, com a necessária atenção aos detalhes, aos jogos de claro-escuro e à melhor posição possível da câmera, com destaque para as tomadas aéreas dos presos americanos após a libertação.

Mas, se o filme tem uma ideia ótima, a execução dela é ruim.

A diretora Angelina Jolie se atém demais aos pequenos detalhes que demonstram a resistência e a coragem do protagonista, mas perde de vista o conjunto geral e a atitude que sem dúvida tiveram todos os presos americanos durante a Segunda Guerra e não apenas Zamperini.

Nos últimos quatro anos, Angelina Jolie emprestou sua voz para a animação Kung Fu Panda e foi a estrela de Malévola, mas a atriz também tem dado bastante atenção à carreira como diretora com seu segundo filme, Invencível, com estreia marcada para 15 de janeiro no Brasil, e o próximo, By the Sea, já em fase de pós-produção.

Trabalhos que Angelina alternou com sua ação humanitária, enquanto pensa na possibilidade de se envolver na política em um ano no qual, além disso, se casou com Brad Pitt, com quem tem seis filhos – três biológicos e três adotivos.

Uma vida mais do que cansativa para uma das atrizes mais admiradas e desejadas, mas que não tem nenhuma intenção de diminuir seu ritmo de trabalho nem sequer quando se envolve em uma produção tão complicada como a de Invencível.

No filme, Angelina conta a história real de Louie Zamperini (vivido por Jack O’Connell), um delinquente juvenil que se regenerou como atleta olímpico nos Jogos de Berlim 1936 e foi herói da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Durante o conflito, Zamperini passou 47 dias em uma balsa no meio do oceano e foi prisioneiro de dois campos de concentração japoneses, onde viveu em um regime de quase escravidão, história contada na biografia do veterano pela escritora Laura Hillenbrand e que agora chega ao cinema.

Publicado em 2010, o livro se tornou rapidamente um best-seller, permanecendo 185 semanas (15 delas no primeiro posto) na lista do New York Times de livros mais vendidos, com mais de quatro milhões de exemplares só nos EUA.

Dor

Uma história que fascinou Angelina Jolie. "Há muita dor neste mundo e acho que precisamos de relatos como a história de um homem que encontrou o caminho na mais profunda escuridão para acabar emergindo na luz, relatos que nos possam ajudar, inspirar, mostrar-nos algo notável e nos fazer ver a vida de forma positiva", disse a cineasta.

Os irmãos Joel e Ethan Coen ajudaram Angelina com o roteiro, e Alexandre Desplat foi o responsável pela trilha sonora, que contou também com a colaboração da banda Coldplay.

Equipe

Um grupo de 150 pessoas praticamente se mudou para o alto-mar do litoral de Queensland, na Austrália, para rodar as cenas em que Zamperini e outros dois companheiros sobreviveram em uma balsa durante 47 dias, no filme Invencível.

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