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A Ópera de Arame será o cenário de uma épica batalha entre o bem e o mal. Sob a direção de Denise Sartori, cerca de 60 músicos participantes da 25.ª Oficina de Música encenarão hoje, às 20h30, a ópera King Arthur, do compositor inglês Henry Purcell (1659-1695), um dos principais representantes do período barroco. A peça é, na verdade, uma semi-ópera. "Isso não quer dizer que King Arthur seja menos do que uma ópera, só que ela é construída com elementos diferentes" explica Denise. Na semi-ópera o texto é declamado por atores e não se sobrepõe à música. Assim, os trechos falados do libreto são intercalados com a orquestra.

Apesar do título, o enredo da ópera não é o mesmo da lenda do Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda. Camelot é substituída pela batalha entre o bem – representado pelo Rei Arthur e os bretões – e o mal – a cargo dos saxões. O principal motivo da discórdia entre os dois reinos é o seqüestro da princesa Emmeline, noiva de Arthur, a mando do Rei Oswald, de Kent.

"A história é, na verdade, bastante moderna, cheia de seres fantásticos e insinuações", conta Denise. Estão presentes personagens mitológicos, como Cupido e Vênus, e deuses nórdicos, como Thor e Freya.

"King Arthur não é uma ópera muito encenada porque o custo dela é muito alto, além de ser uma peça de difícil execução", diz Denise. Para driblar as dificuldades, os atores foram substituídos por um narrador e o cenário foi montado a partir da própria vegetação da Ópera de Arame. Os ensaios para o concerto começaram junto com as oficinas, na segunda semana de janeiro. Participam, além dos alunos de Denise, instrumentistas convidados de outros cursos da oficina. O concerto marca o encerramento das oficinas de música barroca.

O narrador será representado por Giovani Mocelin. Os cenários e figurinos são de Juliane Fuganti, e a direção musical é de Hélio Leite.

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