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Ninguém segura a Disney agora que ela encontrou a mãe de todos os filões – e a mãe de todos os remakes.

De panteras a tigres e a ursos realistas, o estúdio por trás de “Mogli – O Menino Lobo” se tornou a casa do “Rato que ruge” novamente esta semana com mais uma adaptação em live-action de uma de suas clássicas animações.

E com cofres tão vastos quanto o oceano de Ariel cheios de desenhos, a Disney pode ter encontrado o filão de ouro das bilheterias com refilmagens de seus filmes antigos que podem se estender por décadas a vir.

Então, com essa tendência firmemente implantada, é preciso perguntar: é isso que realmente queremos? Nossas infâncias reinventadas e impregnadas com artifícios lustrosos? Deveriam clássicos criogenicamente congelados ser ressuscitados e refeitos como novas e chamativas lixeiras a serem preenchidas com todos esses pixels de última geração?

“Mogli – O Menino Lobo” pode ser o primeiro filme ‘live-action’ a ganhar um Oscar de animação?

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Bom, não importa qual seja sua resposta, essa questão é irrelevante; é tarde demais para se parar essa trajetória. Essa carruagem já deixou a plantação de abóboras. E a computação gráfica já foi escalada.

A nova adaptação em live action, mas em sua maior parte gerada por computador, de “Mogli” estreou neste fim de semana – e já é o sétimo maior filme do ano, tendo faturado 291 milhões de dólares ao redor do mundo.

Isso representa a segunda maior estreia de abril em todos os tempos (sem ajustar para a inflação), ficando atrás apenas de “Velozes e Furiosos 7”, lançado ano passado.

Comercialmente, o filme está a todo vapor, atingindo todos os segmentos demográficos ao atrair jovens e velhos – e os públicos masculino e feminino quase igualmente. (E, para as crianças, quase não há associação com a animação original, é claro; esses novos filmes são os tijolos frescos de sua infância em construção.)

A tendência mais ampla que importa para o estúdio, contudo, é que a estreia nos Estados Unidos do “Mogli” de Jon Favreau segue atrás apenas do “Alice no País das Maravilhas” de 2010 (que fez 116,1 milhões de dólares no lançamento) entre as recentes adaptações de fantasia da Disney.

O que significa que o filme se encaixa perfeitamente ao lado não só do “Alice no País das Maravilhas” de Tim Burton (que prosseguiu para faturar mais de um bilhão de dólares ao redor do mundo), mas também de “Oz: Mágico e Poderoso” (que fez 79,1 milhões na estreia nos Estados Unidos), “Malévola” (69,4 milhões no lançamento) e o “Cinderela” do ano passado (67,9 milhões).

A Disney agora tem muitos universos cinematográficos com temas mágicos e poderosos debaixo de sua majestosa tenda, é claro – incluindo Marvel, Lucasfilm, Pixar e seu estúdio de animações – mas talvez nada se revele como algo tão garantido quanto o próprio arquivo de desenhos clássicos da Disney. Quem sabe quando poderemos ver mais um remake da Disney fazer uma grande estreia?

O que foi? “Alice Através do espelho”, a sequência do sucesso de 2010, será lançado em apenas um mês?

Bom, nós avisamos que era tarde demais para parar o assalto ao cofre dos desenhos e o desfile dos remakes resultantes.

A resistência é inútil. Devemos aceitar as palavras de sabedoria cinematográfica de ainda outra grande animação da Disney:

É o ciclo. O ciclo sem fim.

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