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Regra 4: rumo a mais uma turnê europeia no próximo mês | Maringas Maciel/Divulgação
Regra 4: rumo a mais uma turnê europeia no próximo mês| Foto: Maringas Maciel/Divulgação

Pizzicato

** Já que estamos falando de viagens, a banda de metal progressivo ThirdEar (www.thirdearofficial.com) participará do Euroblast, o maior festival mundial do estilo, em outubro, na Alemanha.

** Juliana Cortes lança seu disco Invento, em que pesquisa a estética do frio, nos dias 6 e 7 de junho, no Teatro Paiol.

** Também no Paiol, no dia 4 de junho, a cantora Jô Nunes canta Ary Barroso dentro da programação da Terça Brasileira.

** 4 Vídeos – O Baque Solto soltou novo clipe, da música "Ferroada". O projeto Ruído Sessions lançou, no sábado passado, mais três petardos, das bandas Fato, Trombone de Frutas e Giovanni Caruso & O Escambau. Está tudo no YouTube.

Na sexta-feira da semana passada, os mais antenados ficaram sabendo que o escritor, antropólogo e estudioso da música brasileira Hermano Viana publicou um artigo no jornal O Globo, do qual é colunista, cujo título era "Curitiba". No artigo, ele faz menções bastante elogiosas a alguns representantes da cultura da cidade.

São citados (não pela ordem) as bandas Maxixe Machine, Beijo AA Força e Fato, os músicos e escritores Dalton Trevisan, Paulo Leminski, Thadeu Wojciechowski, Marcos Prado, Walmor Góes, Antonio Saraiva (carioca, mas que fez trabalhos com os curitibanos) e Marcelo Sandmann. E vários trabalhos desses paranaenses.

Vianna põe o disco Sem Suingue, do Beijo AA Força (1995) como entre os melhores feitos no Brasil. "Só não ocupa os primeiros lugares nas listas dos melhores discos de todos os tempos da música popular brasileira por causa desse distanciamento torto que o resto do país mantém com a produção cultural de Curitiba, praticamente ignorada fora do Paraná (Leminski ou Trevisan são casos bem excepcionais)", escreve e acrescenta: "Não deixa nada a dever se comparado com Acabou Chorare (Novos Baianos, de 1972) ou com Samba Esquema Novo (Jorge Ben, 1963). Na minha humilde opinião leva até vantagens".

Como publiquei no meu blog (www.gazetadopovo.com.br/blog/sobretudo), onde também se pode ler o texto de Vianna, fico gratificado quando alguém de fora corrobora com opiniões que já compartilhei com os meus dez ou quinze leitores.

No entanto, junto com os elogios, vem uma constatação. Ninguém conhece a cultura de Curitiba ou do Paraná. Somos uma ilha e poucos escapam desse isolamento.

O pior é que também há um distanciamento artístico interno. Ou seja, nem mesmo os curitibanos conhecem o que é feito aqui.

Mystery Trio e Regra 4

Mas este não é um espaço para lamentações. Ao contrário, tentamos mostrar razões para que esse desconhecimento acabe de vez.

Assim, é bom mostrar que no momento em que vocês estão lendo esta coluna, uma banda de Curitiba está prestes a subir em um palco de Berlim. Outra está arrumando as malas para uma turnê com muitos shows europeus.

A primeira banda é a Mystery Trio (www.mysterytrio.com), grupo de roc­ka­­billy, que no sábado passado tocou em Waldorf, hoje toca em Berlim e ainda vai para a França antes de voltar à Alemanha para mais shows e a gravação de um disco. O trio também já participou do Viva Las Vegas, o maior festival rockabilly do mundo e vende discos até no Japão.

A segunda banda é a Regra 4 (www.regra4.com.br), que fará mais uma turnê europeia, nos meses de junho e julho, tocando em vários locais da França, Suíça e Portugal, e encerrando no dia 1.º de agosto no Soy Latino Roma Festival, na Itália.

Ela mostrará um pouco do repertório dos quatro álbuns já lançados e também algumas novidades do próximo trabalho, que une o som eletroacústico ao orgânico em um timbre próprio. Veja como o grupo explica o novo disco, que deverá chegar ainda neste ano:

"ElectroZouk é um conceito sonoro desenvolvido pela banda Regra 4 que mescla 3 elementos: os ritmos ‘zouk’ e suas vertentes originadas na África que foram trazidas para a percussão; os riffs marcantes de guitarra, que inserem na sonoridade um peso de rock e que faz a canção ‘grudar’ na cabeça e no corpo de quem escuta e dança as músicas; e o sincretismo com elementos de música eletrônica, que a banda pesquisa há anos."

Se nos acomodarmos, jamais quebraremos o isolamento.

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