• Carregando...
Após quatro ano de hiato, Poléxia toca com a formação original na Corrente Cultural | Divulgação
Após quatro ano de hiato, Poléxia toca com a formação original na Corrente Cultural| Foto: Divulgação

Para os antigos fãs, os saudosistas de plantão, os ouvintes interessados e os rabugentos incorrigíveis, eis a notícia: a Poléxia está de volta, e faz show no dia 10 de novembro, um domingo, no Palco Sesc Paço da Liberdade, na Rua Riachuelo, durante a Corrente Cultural de Curitiba. O convite partiu da própria organização do evento e – não se sabe – pode ser um primeiro passo para o retorno definitivo. "Não dá para dizer que sim, nem que não", titubeia o vocalista Rodrigo Lemos, um dos fundadores da banda, hoje na linha de frente do Lemoskine e da Banda Mais Bonita da Cidade.

Quem sobe ao palco é a escalação original. Lemos na voz e guitarra, Juninho Jr. (hoje na banda Banks) na bateria, Rapha Moraes (Nuvens) no baixo e Dudu Cirino (Te Extraño) nos teclados, pulinhos e performances. Mas, como Lemos é um sujeito prodigioso em costurar amizades e parcerias, ele avisa que haverá muitos convidados, inclusive a banda Charme Chulo, parceira na música "O Triste Fim de Baltazar da Rocha". Será, enfim, um grandioso bailão da Poléxia.

Em hiato há quatro anos, um pequeno desafio é tirar a poeira de algumas músicas para que o resultado seja "menos caótico", como define Lemos. Por isso, em outubro haverá uma bateria de ensaios com a turma que fundou a banda. "A ideia é não deixar nada de fora", avisa. "Aos Garotos de Aluguel" em sua versão original promete.

Mas o que é que a Poléxia tem para ser o grupo mais importante de Curitiba na última década e suscitar tanto a expectativa por um retorno quanto um convite formal para isso? A ver.

Formada em 2002, quando emprestou o nome de uma das groupies adolescentes do filme Quase Famosos, a Poléxia logo se destacou a criar uma música acessível, embora com interessante dose de incursões alternativas – nos idos do bar Korova, lá por 2004, Lemos era flagrado fazendo cover voz e violão de Nada Surf, James, Belle & Sebastian, Smiths e afins. A Poléxia saltava à frente de bandas contemporâneas também por causa de seu apreço pelos arranjos e produção e pela afinação inabalável de Lemos.

Em 2004, louros. A banda lançou o sensacional disco O Avesso, chegou a abrir para Los Hermanos e tocou no mesmo palco que Pixies no Curitiba Pop Festival. Em 2009, o segundo álbum, A Força do Hábito, foi produzido por John Ulhôa, do Pato Fu. Nesse período, o grupo sofreu com a instabilidade, que viria a decretar seu fim: foram três baixistas e três bateristas diferentes.

Algo interessante na apresentação de novembro, para Lemos, será tocar para quem ouve a banda, mas nunca a viu. "Tem uma galera nova que conhece o som, mas nunca chegou a ir a um show da banda. Isso é o mais maluco. Ao mesmo tempo, é ótimo que tenha sido tão legal para algumas pessoas a ponto de elas quererem ver a banda ao vivo de novo."

Por tudo isso, há um potencial danado para que o dia 10 de novembro seja histórico. Ao menos para, quem sabe, dar importância a algo que marcou a, hmm, cena local, cujo passado notável funciona como prova maior de sua existência.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]