Com sonoridade eletrônica, Lucas Santtana colocou o público para dançar na Boca Maldita

• 0

Confira fotos do show de Lucas Santtana

Com um som fortemente eletrônico e repleto de longos preenchimentos instrumentais, o cantor Lucas Santtana apostou na pressão sonora para movimentar o público que esperou mais de uma hora e meia para vê-lo na Boca Maldita, no início da noite deste sábado de Corrente Cultural. A apresentação começou por volta das 19h10. Acompanhado por Caetano Malta (guitarra, baixo e sampler) e Bruno Buarque (iPad, bateria, EFX e outros recursos eletrônicos), Lucas mesclou canções dos repertório de seus três últimos discos.

O mais recente, Sobre Noites e Dias, sexto título de sua discografia lançado em setembro, aprofunda a experimentação eletrônica nascida na turnê do álbum anterior, O Deus Que Devasta Mas Também Cura.

Presente nestes dois álbuns, o tecido de efeitos, texturas, samples de música orquestral e forte batida eletrônica deram o tom da apresentação, que passou também por músicas do ótimo disco Sem Nostalgia, de 2009, como "Who Can Say Which Way" e "Recado Para Pio Lobato". Do disco novo, que Santtana apresentou em Curitiba pela primeira vez, o cantor apresentou faixas como "Human Time", uma das faixas de sonoridade mais grandiosa, e "Funk dos Bromanticos", que celebra a não classificação dos relacionamentos por orientação sexual.

Tanta informação, no entanto, não pôde ser ouvida com muita clareza, apesar do esforço dos músicos na passagem de som, feita diante da paciente plateia que aguardou pacientemente o início do show após a apresentação do rapper Rashid.

O som, repleto de camadas sonoras, saiu embolado dos PAs. Mas ao menos o pulso forte desta fase eletrônica de Lucas Santtana pôde ser sentido e fez alguns pares da modesta plateia da Boca Maldita naquele início de noite dançar.