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Livro “Pelados X Peludos”, que será lançado nesta quinta-feira (24) | Antônio More/Gazeta do Povo
Livro “Pelados X Peludos”, que será lançado nesta quinta-feira (24)| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

A Guerra do Contestado como consequência de injustiças sociais e do desleixo do poder público. Esse é o olhar que o pesquisador e professor de História Renato Mocellin traça na obra “Pelados X Peludos – O Massacre dos Xucros”. Fruto de dois anos de pesquisas, o historiador revisitou outros livros sobre o tema e jornais da época que retrataram o conflito. A obra será lançada em Curitiba nesta quinta-feira (24), a partir das 19h30, nas Livrarias Curitiba, no Shopping Estação.

Segundo ele, o livro procura mostrar como uma população pobre e miserável foi duramente combatida pelas forças do governo. “Foi uma guerra de extermínio contra seu próprio povo”, afirma Mocellin. Cerca de 10 mil pessoas morreram durante o Contestado e a população cabocla da região limítrofe de Santa Catarina e Paraná foi praticamente dizimada.

O nome da obra faz referência aos apelidos adotados pelos dois lados do combate. Os sertanejos adotaram um corte de cabelo rente e usavam chapéus com fitas brancas na aba. Ficaram conhecidos como “pelados” e chamavam de “peludos” seus inimigos do governo, da estrada de ferro e ligados aos coronéis. Além disso, costumeiramente “peludo” era sinônimo de pessoas ricas e poderosas e “pelado”, de pobre.

De acordo com ele, o trabalho de um historiador não pode ser infiel aos fatos. “Mas não existe saber histórico neutro. É fundamental ser fiel ao que aconteceu, mas procuro olhar a guerra do ponto de vista dos sertanejos”, explica Mocellin. Ele lista como duas as principais causas para o início do confronto: a questão dos limites entre Paraná e Santa Catarina e a crise econômica e social em que viviam os caboclos. A obra custa R$ 38,90.

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