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Manu Chao: doses de punk a boleros, reggaes e flamenco | Divulgação.
Manu Chao: doses de punk a boleros, reggaes e flamenco| Foto: Divulgação.

Curiosidades

Manu Chao é um artista sem fronteiras. Veja algumas curiosidades sobre o músico franco-espanhol e sua obra.

> O artista criou uma estreita relação afetiva com o Brasil em suas viagens pela América do Sul, ainda na década de 1990. Conhece bem o Nordeste e o Rio de Janeiro. Inclusive, Manu Chao tem um filho brasileiro, de 8 anos, que mora em Fortaleza.

> La Radiolina poderá ser o último álbum de Chao em formato de CD. No final de maio, o artista deixou a música "Raining in Paradise" disponível para download gratuito em seu site (www.manuchao.net). Seus próximos trabalhos deverão ser difundidos integralmente de forma virtual.

> O álbum Clandestino, mesmo lançado de forma praticamente independente, alcançou a marca de 2 milhões de cópias vendidas.

> Em 2004, Manu lançou um livro com poemas escritos na adolescência. O material virou inspiração para um CD, que foi vendido em bancas de jornal antes de chegar às lojas.

A mistura de ritmos e influências marca não só a música, mas a vida de Manu Chao. O franco-espanhol que ouve boleros e punk rock no mesmo volume traz ao palco do Curitiba Master Hall a turnê de La Radiolina (2007), seu último álbum de estúdio.

O músico estará ao lado da banda Radio Bemba, parceira nas gravações do mais recente disco. Foi o fim de um hiato de cinco anos, já que o último trabalho com músicas inéditas havia sido Sibérie M’Etait Contée, lançado em 2004.

Em tempos em que a união de diversos estilos e influências pode ser um trunfo para soar finalmente original, Manu Chao gaba-se de ser um dos pioneiros da tendência. La Radiolina segue o padrão Chao de composições: é música caribenha, é hip-hop, é flamenco e é bolero. Nas generosas 21 faixas, guitarras distorcidas e bongôs transitam lado a lado sem problemas, como já havia acontecido com Clandestino (1998), seu melhor e mais reconhecido trabalho-solo.

O quase dialeto que construiu ao misturar em uma mesma música vários idiomas – castelhano, francês, inglês e até português também continuam presentes.

No palco

Com a turnê de La Radiolina, Chao já passou por São Paulo, Salvador, Aracaju e Brasília. E hoje Curitiba pode comprovar novamente a fama de bom showman que lhe é conferida. Em Salvador, por exemplo, o setlist viajou por todas as fases do músico – a começar pela "fase" Mano Negra.

O grupo foi fundado em 1987 por Chao, seu irmão Antoine e pelo primo Santiago Casariego. Com um som eclético e quase folclórico, reunia influências de música francesa e espanhola, além da sempre presença punk. O nome foi uma "homenagem" a uma organização anarquista que operava em alguns países da Europa durante o final do século 19.

Canções de Clandestino – "Desaparecido" e "Minha Galera", esta cantada em português – constaram nas apresentações anteriores. A surpresa, que reforça o caráter multicultural do artista, deve ser "La Vida Tombola", música composta para o documentário do cineasta sérvio Emir Kusturica sobre o jogador de futebol argentino Diego Armando Maradona.

Do mundo

Jose-Manuel Thomas Arthur Chao nasceu em meio às artes. É filho do escritor galego Ramón Chao, mas foi a música que lhe abduziu. Sua primeira tentativa foi com Hot Pants, um grupo de rockabilly que não atingiu maiores proporções. Chao cresceu ao lado da cena punk que se desenvolvia em Londres na década de 1970. E não resistiu.

O resultado de suas travessias pelo Canal da Mancha foi a banda Mano Negra, cujo sucesso do single "Mala Vida" lhe rendeu um contrato com a gravadora Virgin Records.

Em 1992, Chao deu mais um exemplo de sua criatividade. A banda realizou uma turnê pela América Latina a bordo de um barco – acompanhada de atores e de um circo itinerante. Tocaram inclusive no Rio de Janeiro, durante a Eco 92.

Ainda na década de 1990, Chao voltou à América do Sul acompanhado de um violão. O resultado de suas viagens foi a matéria-prima para Clandestino, disco lançado em 1998.

Hoje, aos 46 anos e com cinco discos-solo, torna-se um artista plurilinguístico e quase contraditório, ao utilizar suas raízes e referências como passo principal passo para tornar-se globalizado.

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