O escritor russo Fazil Iskander, conhecido por suas descrições cheias de humor da vida cotidiana em seu Cáucaso natal e seu olhar satírico sobre a sociedade soviética, morreu neste domingo (31) aos 87 anos, informaram as agências de notícias russas citando sua família.
Apesar de nunca ter sido considerado um dissidente, Iskander descreveu em suas obras as festas alcoólicas de Stalin e os absurdos da vida soviética, o que o levou a ser censurado várias vezes.
Nascido em 1929 no porto de Sukhumi, capital da Abecásia, atualmente região separatista da Geórgia apoiada pela Rússia, Iskander foi educado por sua mãe após a expulsão de seu pai, de nacionalidade iraniana, para seu país natal em 1938.
Um de seus principais romances, “Sandro of Chegem”, descreve a vida na aldeia da Abecásia de Chegem, onde alguns excêntricos personagens são confrontados com um cotidiano soviético surrealista.
A obra, censurada durante a época soviética, já foi comparada com os livros dos americanos Mark Twain e William Faulkner.
Em um comunicado divulgado pelo Kremlin, o presidente russo, Vladimir Putin, expressou “suas profundas condolências” a sua família.
-
Estado brasileiro normaliza iniciativas para blindar autoridades de críticas
-
A história sendo escrita agora: nas universidades, impeachment de Dilma vira “golpe de 2016”
-
Senado debate inteligência artificial nas eleições, mas não considera riscos globais da tecnologia
-
Uma farsa eleitoral sem observadores, mas visível aos olhos de todos
Deixe sua opinião