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Sydney Sheldon, um dos escritores mais produtivos da literatura norte-americana contemporânea, morreu nesta terça-feira (30), aos 89 anos, devido a complicações causadas por uma pneumonia, anunciaram fontes próximas à sua família.

A morte de Sheldon, que começou a escrever romances aos 50 anos, ocorreu no Centro Médico Eisenhower, em Los Angeles, segundo o seu agente, Warren Cowan. Junto ao leito estavam sua mulher, Alexandra Kostoff, e sua filha Mary, que também é escritora, acrescentou.

Sheldon foi um dos primeiros escritores americanos a usar em seus romances, cheios de suspense, emoção e sensualidade, elementos das atuais séries de televisão. Entre suas obras estão títulos como "A ira dos anjos", "O outro lado da meia-noite" e "Se houver amanhã", e outras que foram adaptados para o cinema e para a televisão.

Ele publicou 18 livros e vendeu 300 milhões de cópias. As obras de Sheldon foram traduzidos para dezenas de línguas em 180 países, o que lhe rendeu a classificação de "autor mais traduzido do mundo" pelo "Guinness".

"Escrevo meus romances de modo que quando o leitor termina um capítulo, tem que ler o outro. É a técnica das séries de televisão, de deixar o leitor pendurando no abismo", explicou, em entrevista concedida em 1982.

Nascido em 17 de fevereiro de 1917, em Chicago, Sheldon começou a escrever ainda criança, especialmente poemas. Vendeu o primeiro por US$ 10, quando tinha 10 anos. Chegou a Hollywood aos 17 anos e iniciou sua carreira com a leitura de roteiros para os estúdios Universal.

Depois da Segunda Guerra Mundial, na qual foi piloto da Força Aérea, mudou-se para Nova York, onde escreveu e editou musicais para a Broadway. O sucesso com obras como "A viúva alegre" e "Redhead" que lhe valeu um prêmio Tony, levou Sheldon de volta a Hollywood, onde escreveu o roteiro de "The Bachelor and the Bobbysoxer" (1947), com Cary Grant, Myrna Loy e Shirley Temple, e recebeu o Oscar.

Em 1963, ele se voltou para a televisão, escrevendo roteiros para o "The Patty Duke Show". Um ano depois, criou, produziu e escreveu o programa "Jeannie é um Gênio".

Pouco amado pelos críticos

Sheldon nunca foi um escritor elogiado pelos críticos, que não encontraram méritos literários em suas obras. No entanto, ele se orgulhava da autenticidade de seus romances e afirmava que escrevia sempre sobre o que tinha experimentado na própria carne.

"Se falo de um jantar na Indonésia é porque estive ali e comi do que falo. Não acho que posso enganar o leitor", disse, numa entrevista, em 1987.

Ganhador também de um prêmio Emmy por "Jeannie é um gênio", Sheldon considerava porém o romance o seu meio preferido de expressão. "Adoro escrever livros. Quando escrevo, gozo de uma liberdade que não existe em nenhum outro meio", explicou.

Em 2005, escreveu o livro de memórias "O Outro Lado de Mim", em que falava sobre estrelas como Judy Garland e Frank Sinatra.

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