The Who voltou aos palcos em 2015, para comemorar 50 anos de carreira.| Foto: Divulgação/

Em 1964, à frente de uma das mais recentes sensações do rock de então, o Who, o inglês Roger Daltrey cantava: “Espero morrer antes de ficar velho” (versos do guitarrista Pete Townshend para a canção “My Generation”). Cinquenta e três anos depois, Daltrey e Townshend sobreviveram para ser atrações do Rock in Rio 2017. Em anúncio feito nesta terça-feira (7) pelo festival, foi divulgado, depois de muitos boatos, que o grupo, um dos maiores da história do rock ainda em atividade, se apresenta no Palco Mundo no dia 23 de setembro, junto com os americanos do Guns N’Roses.

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Guns N’Roses no show que fez na Pedreira Paulo Leminski em 2016 

Sem os integrantes originais Keith Moon (bateria, falecido em 1978, aos 32 anos) e John Entwistle (baixo, que morreu em 2002, aos 57), o Who se apresenta pela primeira vez no Brasil em suas cinco décadas de existência. Já o Guns N’Roses tocou no festival em 1991, 2001 e 2011, quando um atraso de uma hora e meia do vocalista Axl Rose para entrar no palco fez o idealizador e diretor do Rock in Rio, Roberto Medina, dizer que o grupo não seria mais convidado a voltar. Ano passado, quando o Guns anunciou uma turnê reunindo Axl aos integrantes da formação clássica Slash (guitarra) e Duff McKagan (baixo) - e se apresentou, entre outras cidades brasileiras, em Curitiba em novembro -, Medina voltou atrás e fez um apelo nas redes sociais para que o grupo aceitasse o convite para participar da edição de 2017 do Rock in Rio.

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Em meio a um surto de atividade nos palcos que começou em 2015, com a turnê “The Who Hits 50!”, comemorativa dos seus 50 anos de carreira, o grupo inglês anunciou no ano passado uma série de shows com hits, canções menos conhecidas e a íntegra do álbum/ópera rock “Tommy”, de 1969. As primeiras datas de “Tommy and More” estão marcadas para os dias 30 e 1º de abril, no Royal Albert Hall, em Londres. Desde 1989 eles não tocam “Tommy” por inteiro ao vivo. Em outubro, a banda foi atração, ao lado de Rolling Stones, Bob Dylan, Paul McCartney, Neil Young e Roger Waters, do festival californiano Desert Trip.

O Brasil é um velho caso não resolvido do Who. “Iremos aí. E logo. É o destino”, prometeu, em 2013, Pete Townshend, hoje com 71 anos, em entrevista ao Globo, para divulgar a sua autobiografia: “A música brasileira é a melhor expressão que posso imaginar do temperamento latino do português. Quando for ao Brasil com meu violão, você vai entender o que eu aprendi com ela.”