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O show era de dois anos atrás, mas a plateia não se importou. Era a noite de Ney Matogrosso receber o Prêmio Shell de Música por suas três décadas de carreira, e o público de convidados, que enfrentou a chuva de verão para ir ao Vivo Rio, na noite de terça, aplaudiu muito e cantou o repertório de "Inclassificáveis", seu penúltimo CD.

Ney não se alongou com discursos de agradecimento ao receber seu troféu. "Eu não sei o que fazer com prêmio. Eu fico meio estranho. Agradeço às pessoas que me indicaram. Confesso que não faço nada na minha vida pensando em prêmio. Mas, quando vem, é bom. Parece que o trabalho alcançou alguma coisa que a gente não sabe exatamente o que é", disse, ainda de calça jeans e casaco preto, para depois voltar já com o figurino cheio de brilhos e que se transmutaria em outros durante a noite

Ele cantou praticamente todas as músicas desse álbum, começando com "O Tempo não Para", passando por "Mal Necessário", "Ouça-me" "Um Pouco de Calor", "Mente Mente", "Lema", "Sea", "Por que a Gente É Assim?", "Existem Coisas na Vida", "Ode aos Ratos", "Inclassificáveis", "Veja Bem Meu Bem", "Coragem Coração", "Divino Maravilhoso", até voltar a Cazuza/Roberto Frejat, "Pro Dia Nascer Feliz"

A escolha foi feita por um júri de sete pessoas, entre elas a cantora Roberta Sá, que já cantou com Ney. O prêmio, concedido antes a Tom Jobim, Dorival Caymmi, Tom Zé e outros compositores de diferentes gêneros da MPB, foi criado em 1981 e desde o ano passado também é dado a intérpretes. A primeira foi Maria Bethânia. Ney chamou a atriz Lucélia Santos, sua amiga, para ser a apresentadora. Aludindo a "inclassificáveis", a palavra, Lucélia deu a dica: "A melhor definição (para Ney) é mesmo sensorial."

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