• Carregando...
Rafael Greca e Christiane de Macedo posam no palco da nova sala de teatro que será inaugurada nesta quarta-feira (23). | Brunno Covello/Gazeta do Povo
Rafael Greca e Christiane de Macedo posam no palco da nova sala de teatro que será inaugurada nesta quarta-feira (23).| Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo

Serviço

Onde fica

Teatro Rafael Greca de Macedo (São Francisco, 179). Monólogo de Christiane de Macedo. Dias 26 e 27, às 20h; 28, às 21h e 29 às 18h. R$ 20.

Rua São Francisco, 179, centro histórico. No mesmo imóvel onde se ferravam as patas dos cavalos quando Curitiba ainda era uma vila – e a via era chamada de “rua do fogo” –, uma dezena de operários trabalha ruidosamente contra o tempo.

Tudo precisa ficar pronto pois a partir desta quarta-feira (25). A casa vai se transformar no mais novo teatro da cidade.

Batizada de Rafael Greca de Macedo, o espaço com capacidade para 42 pessoas receberá às 20 horas, numa sessão para convidados, o espetáculo “A Beira de...”, um monólogo escrito e interpretado pela atriz Christiane de Macedo. De 2008, o texto é inspirado na obra A Descoberta do Mundo, de Clarice Lispector.

O teatro que se abre, na verdade, é apenas parte de um centro cultural. Além da sala que leva o nome do ex-prefeito e “guardião” da cultura curitibana, há um segundo teatro, a sala Ítala Nandi para cerca de 100 assentos que vai receber 15 peças do Fringe durante o Festival de Curitiba. Há também uma filial do restaurante Ibérico na entrada e, nos fundos, vão funcionar um espaço de coworking e a sede da produtora Guairacá, dona do projeto.

Cinderela abre Festival de Teatro

Balé Teatro Guaíra apresenta hoje um dos maiores eventos de teatro do país com coreografia contemporânea de espetáculo clássico

Leia a matéria completa

“O primeiro teatro a gente nunca esquece”

Confira trechos da entrevista com o ex-prefeito de Curitiba Rafael Greca de Macedo.Qual foi a sua participação na construção da sala Rafael Greca?Eu ajudei a intermediar as negociações com a família Tod, antiga proprietária do imóvel. Eles [a produtora Guairacá] me retribuíram dando meu primeiro teatro. O primeiro teatro a gente nunca esquece. Semp

Leia a matéria completa

A produtora é uma parceria dos produtores Gehad Hajar e Juliano de Paula Santos, que adquiriram a antiga residência e ateliê do escultor de origem escocesa Ricardo Tod (1963-2005), que tem cinco obras do museu do Louvre em Paris e é autor da fonte da saudade (o “cavalo babão”, ao lado do Relógio das Flores).

“É um imóvel de história pujante. A casa estava em ruínas e nós juntamos os cacos e conseguimos preservar. O palco está ainda quente e nós queremos juntar aqui os fazedores de cultura e de economia criativa”, disse Hajar.

Santos explica que o nome para batizar a sala, “pois não se pode negar que ele foi o gestor público que deixou uma marca de realizações na área da cultura”.

Espécie de padrinho do projeto, Rafael Greca se diz honrado com a homenagem e teoriza a respeitos dos papéis dos homens públicos no teatro político. Todo homem público tem que ser um entusiasta, um apaixonado e ser capaz de acender luzes e conviver com elas e também com as sombras. O teatro é o espaço da reflexão, o espelho onde a sociedade se reencontra e se enxerga e vê suas qualidades e defeito”, diz.

Greca disse que não irá “dar pitacos ou censurar” a programação da sala que leva seu nome. Para ele, a iniciativa do setor privado em abrir um teatro no centro substitui a atuação falha da gestão pública da cultura na cidade. Ele cita o caso do grande número de atores curitibanos com destaque no cenário nacional como exemplo. “Este pessoal todo estava na plateia e na escola quando montamos o Vampiro e a Polaquinha, quando trouxemos o Paulo Autran para fazer Rei Lear nas escolas públicas. Cultura faz bem e nós precisamos”, disse.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]