"O Poderoso Chefão” abre Vivo Open Air

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Na Europa, é tradição exibir filmes ao ar livre durante os meses do verão. Essa prática, na Itália, tem um nome poético: cinema sob as estrelas, já que boa parte das projeções acontecem depois do pôr do sol. Amanhã à noite, no estádio da J. Malucelli, o público curitibano terá a oportunidade de vivenciar uma experiência única, na sessão de abertura do Vivo Open Air. Em uma tela 325 metros quadrados, tamanho de uma quadra de futsal, os espectadores poderão assistir ao espetacular desempenho de Marlon Brando no papel de Don Vito Corleone, protagonista do clássico O Poderoso Chefão (1972), de Francis Ford Coppola (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo).

O diretor-geral do Vivo Open Air, Renato Byington, conta, em entrevista à Gazeta do Povo, que teve seu primeiro contato com o equipamento utilizado no evento quando produziu toda a programação de shows de artistas brasileiros da Expo 98, realizada em Lisboa, em Portugal. A sessão à qual assistiu aconteceu na Suíça e, impressionado com o que viu, decidiu trazê-lo ao Brasil, onde fez as primeiras projeções no Rio de Janeiro e em São Paulo, em 2002. Desde então, a programação já teve 21 edições e se estendeu a Recife e Brasília, retornando ao Velho Continente, por suas mãos, às cidades de Lisboa e Madri.

Cult

Além de O Poderoso Chefão, o Vivo Open vai exibir uma seleção eclética de títulos que fizeram história por diferentes motivos, seja por suas qualidades artísticas ou por terem se tornado cult ao longo do tempo. No sábado, às 20h45, por exemplo, está programada uma versão sing-a-long de Grease – Nos Tempos da Brilhantina (1978), de Randall Kleiser, estrelado por John Travolta e Olivia Newton-John, um dos musicais de maior sucesso de todos os tempos. "Esperamos que o estádio se torne um grande karaokê, já que as letras de todas as músicas aparecem na tela, para o público poder cantar junto."

No cardápio de longasmetragens mais antigos, há desde Curtindo a Vida Adoidado (1986), clássico teen de John Hughes estrelado por Matthew Broderick, até o blockbuster E.T. – O Extraterrestre (1982), um dos maiores êxitos na carreira do diretor Steven Spielberg. "O público costuma aplaudir na cena em que Elliot e o E.T. voam de bicicleta diante da Lua Cheia", conta Byington. Outro ponto alto da programação promete ser a projeção de Pulp Fiction – Tempo de Violência (1994), de Quentin Tarantino, que tem outro filme na mostra: Django Livre (2012).

Todas as cópias de filmes não inéditos que serão exibidas, conta Byington, são digitais em alta definição, adequadas às dimensões da tela, e vieram de Londres. "É importante lembrar que, em um evento como esse, a estrutura de som também é muito importante." O sistema de áudio é composto por 28 caixas Dolby Digital Surround.

Pré-estreias

A programação do Vivo Open Air vai além de filmes já conhecidos. Haverá várias pré-estreias, sendo a mais importante a da comédia dramática Blue Jasmine, novo filme de Woody Allen, estrelado por Alec Baldwin e Cate Blanchett, cotada para o Oscar de melhor atriz. Outros títulos inéditos bastante esperados são o brasileiro Tatuagem, de Hilton Lacerda, vencedor do último Festival do Rio de Janeiro, e Como Não Perder Essa Mulher, escrito, dirigido e estrelado por Joseph Gordon Levitt.

Serviço

Vivo Open Air

Estádio Janguito Malucelli (Rod. Governador Ney Braga, 315, Km 0,5 – Mossunguê). Estacionamento gratuito no Parque Barigüi com transporte em vans para o evento. Ingressos custam R$ 40 e R$ 20 (meia-entrada). Vendas pelo Disk Ingresso (site e pontos de venda oficiais). Clientes Vivo terão 20% de desconto na compra de até dois ingressos por sessão, mediante apresentação da conta telefônica e/ou aparelho celular.