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Quem diria que um velho marujo do mar, com a cabeça cheia de rum e más-intenções, iria dar uma surra histórica em heróis bem mais credenciados como Superman e o agente secreto Ethan Hunt, protagonista da série Missão Impossível? Pois foi exatamente isso que aconteceu no último verão do Hemisfério Norte, quando filmes de férias, os chamados blockbusters, são lançados na disputa por espectadores em busca de entretenimento ligeiro, no melhor estilo pipoca.

Piratas do Caribe: O Baú da Morte não apenas foi o longa-metragem mais visto em 2006, mas também conseguiu ultrapassar a marca de US$ 1 bilhão, tornando-se a terceira bilheteria internacional de todos os tempos, ficando atrás apenas de Titanic e O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei. Acreditem, não é pouca coisa, não.

Agora que o segundo episódio da trilogia dirigida Gore Verbinski está sendo lançado em DVD (no Reino Unido, já quebrou recordes de venda), vale discutir qual seria o mistério por trás de tanto sucesso.

Inspirado em uma das atrações mais antigas da Disneylândia (e Disneyworld), o primeiro filme da franquia já fez muito sucesso por conta de vários fatores: a ação vertiginosa, os ótimos efeitos especiais, um certo charme retrô e, principalmente, a atuação surpreendente de Johnny Depp no papel do pirata Jack Sparrow.

A milhares de léguas de distância da figura tradicional do herói, Sparrow é um misto de vilão e mocinho, cujo charme está justamente em sua ambigüidade ética. Sempre bêbado, um tanto afetado, beirando o efeminado, o personagem confunde e encanta o espectador com suas tiradas inesperadas e sua capacidade de mostrar o lado certo da vida errada. Tanto que o verdadeiro herói da história, o ferreiro Will Turner (Orlando Bloom), tem de suar muito a camisa, e quase sempre sem sucesso, para convencer o público que é por ele que devemos torcer.

Em Baú da Morte, Elizabeth Swann (Keira Knightley), a filha do governador Weatherby (Jonathan Pryce), está prestes a se casar com Will. Porém, o evento é atrapalhado pela ameaça de Davy Jones (Bill Nighy), o capitão com cara de polvo do assombrado navio Flying Dutchman, que tem uma dívida de sangue com o capitão Sparrow, amigo do casal. Temendo ser amaldiçoado a uma vida após a morte como escravo de Jones, Sparrow precisa encontrar o misterioso baú da morte para escapar da ameaça.

Como se vê, a trama é uma bobagem, na verdade um mero pretexto para que Verbinski construa sua narrativa em ritmo superarcelerado, cheia de reviravoltas e cenas de ação física, e dê espaço para Depp brilhar mais uma vez. O público, pelo jeito, gostou e quer mais: Pirates of the Caribbean: At World’s End tem lançamento mundial previsto para 25 de maio de 2007. GGG

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