Quadro de saúde de Mário Bortolotto segue em evolução

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Segue evoluindo o quadro de saúde do dramaturgo Mário Bortolotto, que no último sábado (5) foi baleado em uma tentativa de assalto na Praça Roosevelt, no Centro de São Paulo. Novo boletim médico divulgado na tarde desta quinta-feira (10) pela Santa Casa de Misericórdia, onde ele permanece internado na UTI, informa que "o paciente está consciente, apresenta funções vitais estáveis e respira sem ajuda de aparelhos".

Bortolotto foi atingido por três tiros nas regiões do tórax, ombro e pescoço ao reagir à ação de quatro bandidos que invadiram o bar do Espaço Parlapatões, por volta das 5h50 de sábado. O ilustrador Carlos Carcarah também foi ferido de raspão na perna, mas passa bem.

O circuito interno de câmeras do bar filmou o crime, mas até o momento nenhum dos assaltantes foi preso.

Nascido em Londrina, no Paraná, Mário Bortolotto, de 47 anos, é ator, diretor e autor prestigiado na cena teatral. Suas montagens modernas, que misturam referências dos quadrinhos, do rock e do cinema já receberam grandes prêmios da categoria, como o Shell e o da Associação Paulista dos Críticos de Arte.

Atualmente havia dois espetáculos do dramaturgo em cartaz na Praça Roosevelt, "Brutal" e "A lua é minha". Bortolotto também é autor das peças "Nossa vida não vale um Chevrolet", "Getsêmani" e da adaptação para o teatro de "O natimorto", romance de Lourenço Mutarelli.

Homenagens

Nesta quinta-feira (10), às 23h, atores da cena teatral farão mais uma homenagem ao dramaturgo. O evento beneficente "Amigos do Marião convidam" terá shows das bandas Velhas Virgens, Fábrica de Animais e dos componentes da Banda Saco de Ratos, grupo do qual o Bortolotto é vocalista.

As apresentações acontecerão no Café Aurora, que fica na rua 13 de maio, 112, no bairro do Bixiga. Os ingressos serão vendidos a R$ 10.

Na sexta (11), às 19h, um grupo de quadrinistas vai promover um "manifesto artístico pela melhora de Mário Bortolotto e paz na Praça Roosevelt". Durante o evento, no Espaço Parlapatões, os artistas produzirão um "desenho coletivo ao vivo".

Participam do manifesto nomes como Lourenço Mutarelli, Laerte, Rafael Grampá, Gabriel Bá, Fábio Moon, Rafael Coutinho, Angeli, Guazzelli, Fábio Cobiaco, André Kitagawa, Caco Galhardo, Marcelo Campos, entre outros. Dois grandes painéis ilustrados a seis mãos cada serão rifados. De acordo com os quadrinistas, os recursos serão empregados para ajudar a cobrir os gastos da recuperação de Bortolotto.

No mesmo dia, à meia-noite, será encenada a peça "Brutal", que tem texto assinado por Bortolotto.