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Arraste-me para o Inferno: sangue, sujeira e vômitos | Divulgação
Arraste-me para o Inferno: sangue, sujeira e vômitos| Foto: Divulgação

São Paulo - Sam Raimi deve entrar para a história do cinema como um dos diretores mais bem-sucedidos comercialmente que a indústria de Hollywood já viu. Afinal, ele assina a direção de todos os filmes da cinessérie Homem-Aranha.

Arraste-me para o Inferno, que estreia hoje em Curitiba, marca o retorno de Sam Raimi ao gênero que o lançou: o horror. Uma Noite Alucinante (1981) e A Morte Demônio (1987) se tornaram cultuados, em parte por fazer uma mistura bizarra de humor e horror, criando o gênero "terrir".

É nessa modalidade que se encaixa Arraste-me para o Inferno, que mostra as desventuras de Christine Brown, uma funcionária de banco que decide seguir as regras rígidas da economia e não obedecer ao que manda seu coração.

Uma leve cobiça é o que a move, ao tentar alcançar o cargo de assistente de gerência do banco de empréstimos em que trabalha. Para provar eficiência, nega mais prazo a uma velha com aparência de bruxa má que um dia chega até sua mesa. E termina amaldiçoada.

Além desse recurso de conto moral, no qual o filme lança uma punição do outro mundo a uma funcionária que serve às engrenagens capitalistas, outros personagens abrem espaço para quem queira fazer interpretações simbólicas.

A referência mais evidente encontra-se no entorno das bruxas, médiuns e videntes que rogam a praga ou que tentam arrancar a coitada das chamas do inferno.

São todos imigrantes, gente com sotaques esquisitos e hábitos para lá de estranhos e que fazem a vida limpa, branca e loira de Christine mergulhar num abismo do sangue, da sujeira e de vômitos. O subtexto dessas referências, no entanto, não ocupa tanto a atenção, pois é na ação e no uso de efeitos antiquados que o filme mantém o espectador ligado.

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