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Última peça da Mostra Oficial de 2016, “Quem Tem Medo de Travesti será exibida no Teatro Paiol neste domingo (3) às 19h | Kelly Knevels/Festival de Curitiba
Última peça da Mostra Oficial de 2016, “Quem Tem Medo de Travesti será exibida no Teatro Paiol neste domingo (3) às 19h| Foto: Kelly Knevels/Festival de Curitiba

A edição 2016 do Festival de Teatro de Curitiba chega ao fim neste domingo (3), com cerca de 350 espetáculos apresentados em 65 espaços da capital. Com um público de 180 mil pessoas, 10% menor do que em 2015, o Festival trouxe novos olhares e locações neste ano em que comemora o seu 25º aniversário.

Apesar de manter a tradição de peças estreladas por celebridades, em 2016 o Festival adotou um olhar mais focado na diversidade artística brasileira e em novas linguagens. É o que buscaram os novos curadores Guilherme Weber e Márcio Abreu, estreantes no evento nessa função. Eles priorizaram espetáculos de formatos diversos, como dança, improvisações, música e performances.

Curitiba em evidência

Diretor do Festival, Leandro Knopfholz considera que a edição contou com uma aproximação maior com a cidade, com as companhias de teatro locais e com o público. A inclusão de amadores no espetáculo Batucada, “intervenção poético-política”, teve inscrições abertas na primeira quinzena do mês, e é um exemplo da valorização da interação popular, segundo o diretor.

Lotadas

Confira as 10 peças que tiveram sessões com ingressos esgotados, das 35 presentes na Mostra Oficial 2016.

- “Autobiografia Autorizada”,
- “Cabras”
- “Caranguejo Overdrive”
- “Fim de jogo”
- “Morte Acidental de Um Anarquista”
- “Nuon”
- “Orgía”
- ”Portátil”
- “Um Bonde Chamado Desejo”
- “Urinal, O Musical”

A produção curitibana foi representada pela G2 (companhia de dança do Teatro Guaíra), pelo Ave Lola Espaço de Criação, e pela bailarina e coreógrafa Michelle Moura. Além disso, a Mostra “Iliadahomero” apresentou 24 paranaenses interpretando os 24 cantos da obra épica Ilíada em 24 horas. Outra valorização da cultura local foi a Curitiba Mostra, na qual artistas curitibanos interpretaram obras de autores locais.

Público menor

Apesar dos 20 mil espectadores a menos do que no ano passado, o diretor do evento não desanima: “considerando a conjuntura econômica pela qual o Brasil vem passando, acho que é uma redução pequena pelo que poderia ser”, avalia.

Sem Guaíra

Outra das grandes diferenças da edição deste ano foi a ausência de peças nos principais palcos do Centro Cultural Teatro Guaíra. O Guairinha e o Guairão foram retirados da programação do Festival por desentendimentos comerciais com o Disk Ingressos, responsável pela bilheteria do Guaíra desde 2013.

As peças que seriam apresentadas no Guairão foram transferidas para a Ópera de Arame, que comporta 600 pessoas a menos do que o grande auditório do Guaíra. Várias dessas montagens tiveram bilheteria esgotada, de acordo com a assessoria de imprensa do Festival.

Ainda assim, Knopfholz afirma não ter havido perda de público pelo ocorrido e ressalta que o Festival voltará a colocar peças no Guaíra caso a situação com a bilhetagem seja resolvida. Do contrário, a produção pretende manter o formato adotado em 2016.

*Colaborou: Cecília Tümler

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