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O museu fica na antiga casa de Shozo Arai, um dos pioneiros de Maringá, desmontada e reconstruída dentro do câmpus do centro universitário Cesumar | Fábio Dias/Gazeta Maringá
O museu fica na antiga casa de Shozo Arai, um dos pioneiros de Maringá, desmontada e reconstruída dentro do câmpus do centro universitário Cesumar| Foto: Fábio Dias/Gazeta Maringá

Poltronas que tremem

Filme mostra Maringá em 4D

Uma das principais atrações do Museu Cesumar é o cinema 4D. O local, com capacidade para 34 lugares, conta com poltronas que se movimentam e aparelhos que lançam água e simulam aromas. No local, será exibido um filme com duração de 8 minutos que mostra tomadas aéreas de Maringá, além de imagens de vários pontos turísticos.

O vídeo em 3D é produzido pela Cinepro, produtora paulista que atende grandes redes de televisão, que fez gravações em Maringá durante três dias. As imagens aéreas foram captadas de um helicóptero com duas câmeras de cinema digital 4K, a mais alta resolução disponível atualmente no mercado. Voos rasantes foram realizados em torno da Catedral da cidade, da prefeitura, do lago do Parque do Ingá e outros pontos.

Segundo o reitor do Cesumar, Wilson de Matos Silva, essas imagens vão garantir emoção a quem assistir ao filme. "Depois de passar por vários pontos do museu, que mostram a história da cidade, a nossa intenção é que os visitantes vejam como está hoje o município. As pessoas se sentirão com se estivessem sobrevoando Maringá", explicou. (MA)

Maringá - A partir deste mês, os moradores de Maringá e visitantes contarão com um novo espaço cultural na cidade. Trata-se do Museu Cesumar, que contará a história do município e da região Noroeste do estado utilizando modernos recursos de tecnologia digital. Entre as atrações estarão um cinema 4D e espaço de interação com ambientes virtuais.

Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Cultura, esse deve ser o primeiro museu interativo do Paraná, já que até o ano passado não havia registros de espaços desse gênero no estado. O local foi erguido dentro do câmpus do Centro Universitário de Maringá (Cesumar), que investiu cerca de R$ 2 milhões na obra.

Segundo o reitor da instituição, Wilson de Matos Silva, o projeto foi desenvolvido com a intenção de atrair a atenção das pessoas para a história da cidade. "Poucas pessoas passariam por um museu estático. Para dar uma resposta à sociedade e atrair as pessoas de fato, criamos este espaço de forma dinâmica, para atrair a atenção principalmente dos mais jovens." A instituição ainda deve investir cerca de R$ 15 mil por mês na manutenção. Apesar desses custos, as visitas serão gratuitas.

O museu conta com diferentes estações, mostrando a história da cidade desde a década de 1920, quando a Companhia Melhoramentos Norte do Paraná chegou à região. Os períodos da história de Maringá podem ser vistos em três vídeos (cada um com 15 minutos de duração), que serão exibidos em vários televisores de 42 polegadas. Também foram disponibilizados monitores com tela touch­ ­screen, onde os visitantes poderão acessar informações históricas, fotos antigas e atuais da cidade.

Em outros espaços, é possível interagir com diferentes ambientes virtuais projetados sobre um piso, tudo por meio de um software que capta os movimentos produzidos por quem estiver no local. Também há uma sala com a história dos prefeitos da cidade e uma área reservada para exposições itinerantes. A primeira delas será a de Kenji Ueta – o primeiro fotógrafo a residir em Maringá –, composta por 17 fotos que mostram pontos da cidade, comparando o passado com os dias atuais.

Projeto acadêmico

O museu ainda conta com outras duas áreas, a Tulha de Café e a Casa do Pioneiro, espaços que deram origem ao projeto do museu. Em 2007, os estudantes do curso de Arquitetura e Urbanismo pretendiam realizar a restauração de alguma obra antiga da cidade. Para isso, a instituição de ensino adquiriu a casa de Shozo Arai – um dos pioneiros de Maringá –, construída em 1953.

A casa foi desmontada e reconstruída no câmpus com todas as características origi­­nais."Desde o início, a ideia era usar a casa para preservar a história dos colonizadores da cidade, mantendo ali móveis, objetos e utensílios utilizados na época", explicou a professora Rose Kendrick Matos, que também trabalhou na organização do museu.

Já a Tulha de Café foi repassada em comodato ao Cesumar para ser preservada no campus. Construída em 1949 na Avenida Mauá, o espaço ficou conhecido como "Cafeeira Santo Antônio" e foi utilizado pela Companhia Melhoramentos entre 1965 e 1990. A tulha foi reconstruída com o madeiramento original, em peroba, e relembra a época da cafeicultura.

Segundo a diretora do museu, Loide Caetano, a construção dos três espaços contou com o trabalho e desenvolvimento de tecnologia da própria instituição, envolvendo estudantes e professores de mais de dez cursos, além de funcionários de diversos setores. "Fizemos um grande trabalho de resgate histórico. Para isso, tivemos a colaboração do Museu da Bacia do Paraná, da divisão de Patrimônio Histórico do município e da Companhia Melhoramentos, que nos cederam peças e informações. Estamos usando a tecnologia para preservar a história", ressaltou.

Serviço:

Museu Cesumar. Câmpus da Cesumar, em Maringá. Abertura ao público dia 17 de outubro. Horário de visitação: segunda a sexta, das 8 às 17h30. Sábado, das 11 às 16 horas.

Entrada franca.

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