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Como investir o 13.º. Foto: Pixabay
Como investir o 13.º. Foto: Pixabay| Foto:

Chegamos a meados de novembro e com isso muitos trabalhadores brasileiros comemoram o recebimento da primeira parcela do 13º salário. Algumas empresas antecipam esse pagamento para o final de junho, mas a maior parte das companhias paga a primeira metade do benefício na segunda quinzena deste mês. Antes de mais nada, é importante lembrar que a primeira parcela do 13º salário é isenta de impostos e encargos. Ou seja, 50% do salário vai direto para o bolso do trabalhador, que só é tributado quando recebe a outra metade.

Pensando em uma gestão financeira saudável, tenho três recomendações a fazer em relação ao benefício:

(1) Sempre que possível, antecipe a primeira parcela do 13º;

(2) Se o uso for para pagar dívidas, procure entender qual é o custo da dívida em relação à taxa de juros cobrada;

(3) Busque o equilíbrio entre consumir (gastar) ou investir esse recurso.

No primeiro aspecto, sugiro antecipar ao máximo a parcela para investir o recurso. Dessa forma, seu dinheiro estará rendendo ao invés de ficar “parado”. Veja como exemplo o cenário atual. Com a taxa de juros em 6,5% ao ano, o adiantamento do valor no mês de junho poderia render ao menos 3% a mais na conta.

Isso, é claro, pensando em um investimento bastante conservador, como a compra de títulos públicos, por exemplo. Mas se a decisão for por uma aplicação mais arrojada, com rentabilidade atrelada a juros compostos, a diferença no médio prazo poderá ser muito significativa.

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Caso tenha alguma dívida a pagar, levante o custo dela antes de tomar qualquer decisão. Os bancos tradicionais costumam cobrar aproximadamente 4% de juros ao mês no cheque especial, então só não vale a pena quitar a dívida com a instituição se você encontrar um investimento com retorno superior ao que lhe é cobrado. Identifique as prioridades para que as despesas não comprometam o crescimento do seu patrimônio.

Já a terceira recomendação parte da premissa de que tudo na vida é feito de equilíbrio. Ou seja, consumir é importante para programar as viagens em família, comprar um presente para um ente querido e aproveitar as datas especiais, mas nunca se deve gastar mais do que recebe. Podemos, inclusive, correlacionar o fato ao atual nível das contas públicas do Governo Federal. A principal discussão hoje passa pelo ajuste fiscal, justamente por se gastar mais do que é arrecadado.

Portanto, é necessário conhecer e se aprofundar em questões básicas de finanças pessoais antes de pensar em qualquer tipo de investimento. Planejamento e organização na vida financeira são fundamentais para que o brasileiro possa levar sua vida de uma forma mais tranquila e saudável.

Quer aprender a investir? Confira todas as análises do colunista Roberto Indech.

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